Robson T. Fernandes
“[...] esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as
que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13b,14)
Normalmente ao se falar em Ano Novo algumas
práticas vêm à mente de boa parte da população brasileira: vestir roupas
brancas, usar simpatias, fazer oferendas, tomar um bom espumante, pular sete
ondas, falar rezas, repetir frases de efeito e chavões e buscar saber o futuro
pela boca de feiticeiros que dizem poder prever o futuro. Esses buscam se
livrar das dores do ano que passa e tentam se preparar para o ano que se
aproxima com misticismos e toda sorte de práticas que são cabalmente reprovadas
pelo próprio Deus, o misticismo
espiritualista.
Outros, ainda tomados por fatores emocionais gerados pela emoção do momento que é fruto de
uma sociedade que anda alheia a vontade de Deus, fazem promessas de mudança,
planejam dietas, projetam mudar seu estilo de vida, se programam para novos
sonhos, cantam desejando muito dinheiro no bolso e saúde pra dar e vender e até
tentam uma reconciliação superficial com parentes e amigos que não conseguem
nem tolerar, apenas porque são movidos por uma emoção sem sentido e sem
solidez. Esses buscam se livrar das dores do ano que passa e tentam se preparar
para o ano que se aproxima de forma puramente emotiva e dissociada de qualquer
fundamento sólido e consistente que lhes promova segurança e estabilidade de
verdade.
Outra parte da população se reúne de frente a
televisão para fazer uma retrospectiva do ano que passou, revivendo alguns
momentos bons e muitas catástrofes, mortes, desastres e tragédias, com base em
análises político-econômicas completamente dissociadas dos Valores Eternos
estabelecidos pelo próprio Deus, pois se fundamentam apenas nas ciências
sociais que são profundamente regidas pelos princípios da Era da Razão e do
Iluminismo, que desconsideram Deus em todos os sentidos. Esses buscam se livrar
das dores do ano que passa e tentam se preparar para o ano que se aproxima se
agarrando ao humanismo secular que
vive a sua vida como se Deus não existisse ou como se Ele não interferisse no
curso da história humana.
Então, grande parte da população analisa a vida levando
em conta os fatores externos como a política, economia, segurança, educação,
saúde e cotação do dólar e das bolsas de valores, seja por meio do misticismo
espiritualista, de fatores emocionais ou do humanismo secular. Muitos recorrem
a expressões e manifestações religiosas reprovadas pela Sagrada Escritura. Em
todo caso, para esses a vida circula em torno de valores externos e que não
possuem relação com a Palavra de Deus. Contudo, não é assim na contabilidade
dos céus. Não é assim na oikonomia de
Deus. Para o SENHOR a vida deve circular em torno de outra coisa: “Amarás,
pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a
tua força” (Dt 6:5). Este é o chamado Shemá
Israel (שמע ישראל - Ouça Israel)
que constitui a profissão de fé central do povo de Deus: O SENHOR nosso Deus é
o único SENHOR. É aqui que reside o sentido da vida e é a partir daqui que toda
análise da vida e da sociedade deve ser feita. É a partir daqui que a vida e o
ano que passou devem ser revistos, analisados, examinados e esquadrinhados.
O
exame da vida que foi vivida ou do ano que chega ao fim deve ser feito não a
partir de fatores externos, mas a partir dos Valores Eternos e a partir da
existência desses Valores em nosso coração. Por isso, a Sagrada Escritura nos
alerta que “sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele
procedem as fontes da vida” (Pv 4:23).
Mas,
o que significa guardar o coração?
O
texto de Provérbios 4 nos ensina que guardar o coração é: 1. Atentar para a
Palavra e os ensinos de Deus (Pv 4:20); 2. Não se apartar da Sagrada Escritura
(Pv 4:21); 3. Colocar os Valores Eternos dentro de si (Pv 4.21). Significa
alimentar o coração com aquilo que produz saúde e vida. E não estamos nos
referindo ao aspecto médico, a cardiologia médica, mas ao aspecto espiritual.
Estamos nos referindo ao seu relacionamento com Deus de acordo com a Palavra de
Deus.
Com
isso, entendemos ser errado buscar resposta e solução no misticismo
espiritualista, nos fatores emocionais e em elementos puramente humanistas
seculares.
Por
essa razão afirmo que o ano que passou deve ser analisado a partir da figura de
Deus como centro de todas as coisas. Que posição Deus ocupou em nossas vidas no
ano que passou?
Essa
leitura em função de Deus, essa interpretação da vida, da sociedade e do ano
que passou, a partir de Deus, será válida para nos ajudar a corrigir os erros
cometidos e nos auxiliará a redirecionar nossa vida de forma adequada para o
ano que se aproxima, pois seguiremos a nossa vida sempre em direção a Deus.
Por
tudo isso prepare o seu coração para Deus, planeje a sua vida em função de
Deus, projete seus planos em razão da vontade de Deus. Assim o ano de 2017 será
melhor, mais proveitoso, mais feliz, mais produtivo, mais gracioso e com
maiores oportunidades de milagres e vitórias.
Se
você está lendo esse texto é porque as dores, os sofrimentos, as decepções, as
tormentas e as batalhas do ano que passou não foram fortes o suficiente para
lhe destruir. Deus usou essas adversidades para lhe ensinar algo e lhe fortalecer.
Então, sirva-se do que você aprendeu de bom, guarde as lições adquiridas e use
a força que você recebeu e siga em frente.
“[...] esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as
que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13b,14)
Siga
em frente e tenha um Feliz 2017 com Jesus Cristo na vida.