(Martinho Lutero e sua família comemorando o Natal)
Uma revisão da história da Árvore de Natal e o seu uso como
símbolo cristão
Robson T. Fernandes
Existem muitas influências pagãs em
nossa sociedade, e estas têm trazido grande prejuízo à Igreja, especialmente em
sua pregação e na forma como o seu ensino é manifestado na sociedade.
Entendemos que os povos mais antigos tinham por hábito divinizar tudo o que lhe
fosse pertinente, e parece que os povos da atualidade têm preservado os mesmo
hábitos. Por isso, René Menard[1] faz a
seguinte afirmação:
Tudo
quanto nos apresenta a natureza exterior era, aos olhos dos antigos, a forma
visível de personalidades divinas. A terra, o céu, o sol, os astros, as
montanhas, os vulcões, os tremores de terra, os rios, os regatos, as árvores,
eram personagens divinas, cuja história os poetas narravam, e cuja imagem
fixavam os escultores.
Então, é normal pensar que todas as
coisas existentes, para os povos mais antigos, algum dia já foram vistos como
deuses ou instrumentos de manifestação divina. Com isso, precisamos esclarecer
que se alguém desejar caminhar nessa trilha que envolve o paganismo e a
mitologia, deverá fazê-lo com bastante cautela e atenção, para que não
sobrecaia no erro do radicalismo, exagero e falta de atenção, que irá,
inevitavelmente, conduzir à uma prática de vida bastante distante da realidade
dos fatos.
Por outro lado, afirmar que algo tem
origem pagã, sem que isso corresponda à realidade dos fatos, é o mesmo que
divinizar um ensino, pois iremos viver em função dele, servindo-o e sendo
escravizados por ele. E, se for assim, qual a diferença entre utilizar um
objeto pagão, ou tornar divino um ensino errado?
Após realizar uma extensa pesquisa em
mais de trinta volumes que tratam de História Geral, Simbologia, Mitologia e
Misticismo, acreditamos ser importante citar o que os principais autores sobre
o assunto têm a dizer sobre a adoração às arvores no passado e sua suposta
relação com a árvore de natal.
René Menard[2] revela
que na mitologia greco-romana acreditava-se que havia uma árvore sagrada na
ilha de Egina, consagrada a Júpiter, que a “floresta sagrada de Dodona continha
os carvalhos proféticos, e os oráculos se verificavam de acordo com o roçar das
folhas”[3], que o
pinheiro era uma “árvore consagrada a Átis”[4], e que a
oliveira era consagrada a Minerva[5].
Mas, o autor em seu extenso escrito
nada fala da corelação com a árvore de natal, mesmo que ainda assim se refira
ao pinheiro consagrado a Átis.
Edward McNall Burns[6], ao
falar sobre o desenvolvimento da religião do povo hebreu, e suas contínuas
apostasias revela o seguinte:
Muito poucos povos na história passaram por uma evolução
religiosa comparável à dos hebreus. Seu ciclo de desenvolvimento abrange todo o
caminho que vai das mais cruas superstições até as concepções espirituais e
éticas mais sublimes. Isso pode em parte ser explicado por meio da posição
geográfica especial ocupada pelo povo hebreu. Localizados como foram, depois da
conquista de Canaã, no caminho de ligação entre o Egito e as maiores
civilizações da Ásia, estavam da religião destinados a sofrer uma
extraordinária variedade hebraica de influências.
É possível distinguir, na evolução da religião hebraica, ao
menos cinco períodos diferentes. O primeiro pode ser chamado período
pré-mosaico, indo desde as mais primitivas origens do povo até aproximadamente
1.100 a.C. Esse período caracterizou-se, a princípio, pelo animismo, pela
adoração de espíritos que residiam em árvores, montanhas, poços e fontes
sagradas, ou mesmo em pedras de forma especial.
A explicação de Burns para as
apostasias do povo hebreu são válidas para entender como a cultura influencia a
crença se não houver constante vigilância e observação prática da Escritura.
Ainda, destaca um tipo de adoração que era praticada aos supostos espíritos que
residiriam em árvores, mas, também, nada é dito com relação a algum tipo de
adoração que faça lembrar algo semelhante a uma árvore de natal.
Edward McNall Burns[7] ao falar
sobre as diversas características da religião do povo Hegeu, revela que:
Havia ainda outros característicos curiosos: a adoração de
animais (o touro, o veado e o minotauro, que era metade touro e metade homem),
a adoração de árvores sagradas, a veneração de objetos sagrados, que
provavelmente eram símbolos da reprodução (o machado de dois gumes, o pilar e a
cruz) e o emprego de sacerdotisas em lugar de sacerdotes para executar os ritos
do culto. Indubitavelmente, o ato de adoração mais importante era o sacrifício.
Mais uma vez é estabelecida a origem da
adoração distorcida realizada pelos hebreus, a influência de outros povos. Aqui
são citadas algumas práticas comuns ente o povo hegeu. Nada é dito com relação
a algum tipo de adoração que faça lembrar a árvore de natal. Contudo, é dito
que os hegeus adoravam símbolos como a cruz
e realizavam sacrifícios como principal meio de adoração em seu
paganismo. Por que ninguém critica a prática dos cristãos primitivos, aqueles
que viveram na época dos apóstolos, de marcar seus locais de reunião com cruzes
e peixes esculpidos nas paredes? E mais, essa prática continuou com o tempo e
pode ser constatada em abundância nas catacumbas de Roma, por exemplo. Ainda, o
que dizer do sacrifício realizado pelos hebreus, que já era praticado por povos
mais antigos? Será que os hebreus começaram a sacrificar por influência do
paganismo anterior ao seu tempo? Certamente que não!
Outra árvore idolatrada, dessa vez na mitologia
hindu, é conhecida como “árvore do despertar’ que, segundo o hinduísmo, é
identificada por Joseph Campbell[8] como “a
árvore Bo ou Bodhi (bodhi, “despertar”)”[9]. Ainda,
na mitologia suméria, de aproximadamente 3500 a.C., é mencionada uma árvore que
é apertada contra o peito do sacerdote de tal forma que seus galhos formam uma
cruz, ao que os místicos entendem como sendo uma profecia simbolizando que “no
útero da Mãe Virgem, já era virtualmente o Crucificado”[10]. Ainda,
na mitologia egípcia é citada a “deusa da árvore”[11].
Joseph Campbell nada fala acerca de
algum tipo de adoração à árvore que fizesse lembrar algo que esteja relacionado
com a árvore de natal.
Na mitologia egípcia, a divindade Sopdu
está relacionada com o culto às árvores. Nos cultos celtas as árvores eram
idolatradas. Na mitologia chinesa é uma divindade que abriga o sol, chamada de
Fusang ou Kongsang. Também nas mitologias nórdica e japonesa as árvores são
apresentadas como divindades ou especiais. Para os druidas e celtas, as “Oak”
eram árvores sagradas. Na mitologia irlandesa, o carvalho é uma árvore sagrada.
Mas nada que se refira a algum tipo de adoração parecida com uma árvore de
natal.
Na mitologia síria conta-se que a filha
da rainha da Síria, Mirra, por ter sido declarada mais bela que a divindade da
beleza, Afrodite, despertou a ira desta deusa, que fez com que Mirra se
apaixonasse e coabitasse com o próprio pai. Então, para que ela não morresse,
por piedade das divindades do panteão, Mirra foi transformada na árvore que
recebe seu nome, “cujas gotas não são senão as lágrimas da própria Mirra”[12]. Ainda,
na mitologia grega, para fugir de Apolo, a ninfa Dafrie foi escondida por sua
mãe Terra que abriu o solo e a escondeu, onde nasceu uma árvore chamada
Loureiro, que Apolo tornou sagrada[13].
Acreditava-se, também, que Proteu, filho dos Titãs Oceano e Tétis, podia
transformar-se em um “leão, serpente, pantera, javali, em água e numa árvore”[14]. Apolo
também transformou o jovem Télefo na árvore sagrada, conhecida como Cipestre.
Júpiter, para atender ao pedido do casal, Filémon e Báucis, de ficarem juntos
até o fim de seus dias, por terem acolhido hospitaleiramente em sua casa a dois
viajantes, que sem saber eram Júpiter e Mercúrio, os transformou em duas
árvores, o Carvalho e a Tília[15].
Em todos esses casos, as árvores eram
adoradas, respeitadas e idolatradas, mas não é encontrado nada que faça lembrar
de algum tipo de culto ou cerimônia religiosa que possa ser associado a uma
árvore de natal.
Na mitologia grega, Georges Hacquard[16] revela
que:
As Ninfas são jovens divindades que personificam as forças
da natureza. As lendas sublinham, geralmente, as suas funções de amas dos
deuses. Elas encarnam árvores (são as Dríades, as Hamadríades, as Melíades), as
águas correntes e as fontes (Náiades), os campos e as montanhas (Oréades). As
Ninfas são filhas de Zeus ou filhas dos rios, sendo sensíveis à beleza dos
jovens, e não hesitando em seduzi-los[...]
Na mitologia grega, Hesíodo[17] revela
que o “Loureiro é árvore de Apolo, é a forma que assume no reino vegetal a
cratofania de Apolo, — este Deus que juntamente com as Musas atribui o dom do
canto e da citarodia (execução de citara)”.
Os gregos adoravam as árvores,
especialmente as mais altas e frondosas. Eles entendiam que as mesmas eram
divindades materializadas em plantas, ou humanos que foram honrados pelos
deuses como tais. Mas, mais uma vez, nada é dito sobre algum tipo de adoração
que lembrasse a árvore de natal.
A. S. Franchini e Carmen Alice Seganfredo[18], ao
tratarem da mitologia nórdica, citam a “árvore Yggdrasil”, tida como sagrada
nessa mitologia, que envolve a estória de Thor e seu irmão Loki:
[...]
na mais alta das regiões estava situado o paraíso daquele soberbo universo, nas
profundezas da terra, muito abaixo de Midgard, estava o Niflheim, o horrível e
gelado reino dos mortos. Lá pontificava a sinistra deusa ú, filha de Loki, que
se regozija com a fome, a velhice e a doença, e que tem ao lado a serpente
Nidhogg. Esta se alimenta dos cadáveres dos mortos e se dedica a roer
continuamente uma das raízes da grande árvore Yggdrasil, um freixo gigantesco
que se eleva por cima do mundo e deita suas raízes nos diversos reinos, entre
os quais, o próprio Asgard. Ao alto da copa frondosa desta imensa árvore,
sobrevoa uma gigantesca águia, que vive em guerra aberta contra a serpente
Nidhogg. Um pequeno esquilo - Ratatosk -, que passa a vida a correr desde o
alto da Árvore da Vida até as profundezas onde está a terrível serpente, é o
leva-traz dos insultos que estas duas criaturas se comprazem em trocar sem
jamais esgotar seu infinito estoque de injúrias.
Fica bastante claro que a crença
mitológica nórdica apresenta uma árvore sagrada, chamada Árvore da Vida
(Yggdrasil) que em nada parece com a árvore de natal.
Junito de Souza Brandão[19], ao
falar sobre a mitologia cretense, apresenta as duas principais divindades, que
são: a Grande Mãe, que está sentada junto à árvore da vida, e Réia. É feita uma
descrição da denominada “Grande Mãe”, e uma de suas características é estar
sentada junto à árvore da vida. Mas, nada é dito sobre esta árvore ser parecida
com uma árvore de natal:
Se pouco se conhece do culto cretense, menos ainda se sabe
acerca de seu Panteão. Uma coisa, todavia, é certa: a religião cretense estava
centrada no feminino, representado pela Grande Mãe, cujas hipóstases
principais, em Creta, foram Réia e a Deusa das Serpentes.
[...]
É assim, exatamente, que se apresenta a Grande Mãe minóica.
Deusa da natureza, reina sobre o mundo animal e vegetal. Sentada junto à árvore
da vida, está normalmente acompanhada de animais, como serpentes, leões ou de
determinadas aves”.
Ainda, Junito de Souza Brandão[20] revela
que, em relação à divindade grega Atená, a oliveira era uma árvore sagrada.
Também, o carvalho era outra “árvore sagrada” nessa mitologia. Para Apolo, a
árvore predileta era o loureiro. A cipreste era venerada como “árvore da vida”
ou “árvore da tristeza”, a árvore da “grande mãe”. Artémis era conhecida como
“senhora da árvore”. Dionísio era uma divindade da árvore em geral, bem como
outras divindades da vegetação, a exemplo de Adônis ou Osíris. Na mitologia,
ainda, acreditava-se que porque Hermes, filho de Zeus e de Maia, após nascer
foi colocado enfaixado debaixo de um salgueiro, esta também era considerada uma
árvore sagrada, sendo símbolo da fecundidade e imortalidade.
Junito de Souza Brandão[21] diz o
seguinte:
Ártemis
aparece com todas as suas antigas características de deusa da vegetação. Na
Arcádia, denominava-se “Senhora da árvore” e, com a designação de Kedreâtis, a
“senhora do cedro”. Nos confins da Lacônia e da Arcádia, em Kárias, a
Karua'/ti" (Karyâtis), a “senhora da nogueira” era celebrada com danças
muito animadas pelas Cariátides. O ato bárbaro de flagelação, por que passavam
os efebos, em Esparta, junto ao altar de Ártemis Órtia, como se mostrou, é
interpretado por alguns não apenas como símbolo de antigos sacrifícios, mas
ainda como um rito purificador e de incorporação nos efebos da substância
sagrada da árvore.
Toda a descrição da cultura pagã é
apresentada, mas nada é dito com relação a algo que parecesse com uma árvore de
natal, ou uma cerimônia que fizesse lembrar algo do tipo. Porém, existem
algumas menções a pinheiros nas mitologias. Por exemplo, há uma referência a um
pinheiro na mitologia da ninfa que era amada pela divindade Pã, que, por ciúme,
foi morta por Bóreas, o “terrível vento do norte”, quando os deuses a
transformaram em um pinheiro. Sobre isso René Ménard[22] diz
que:
Foi
depois disso que essa árvore, que traz o nome da ninfa (Pítis significa, em
grego, pinheiro) foi consagrada a Pã, e é por esse mesmo motivo que nas
representações figuradas, a cabeça de Pã está muitas vezes coroada de ramos de
pinheiro.
Então, vemos aqui uma justificativa
mitológica do porquê que a imagem de Pã, uma divindade metade homem e metade
caprino, é representada com uma folha de pinheiro na cabeça. Mas nada que se
assemelhe a uma árvore de natal.
Outra menção ao pinheiro, na mitologia,
diz respeito a Cibeles, também conhecida como Ops, Réa e Vesta. Ela era adorada
na Lídia e na Frigia, e transformou seu sacerdote Atis em um pinheiro,
consagrando esta árvore à divindade[23].
Hércules foi outro personagem da mitologia que teve uma árvore consagrada a si,
o álamo[24]. A Apolo
consagraram o louro e a palmeira[25]. “Aos
Faunos, eram consagrados o pinheiro e a oliveira”[26]). Às
Fúrias consagraram o zimbro, o cedro e o cipreste[27]. Entre
os druidas o carvalho era adorado[28]. A
oliveira foi consagrada à Minerva[29]. Alguns
acreditavam que em Ródope, um monte da Trácia, havia árvores que se moviam para
ouvir o canto de Orfeu, considerado o maior músico da antiguidade[30].
Em todos esses casos, e em todas essas
culturas e mitologias, a árvore é citada como algo divino e venerável, mas nada
que esteja relacionado como a base para uma futura adoração ou culto a uma
árvore que fosse semelhante à árvore de natal. Mas a adoração aos elementos da
natureza ocorre desde os povos mais antigos que se tem conhecimento. Com isso, Albino
Pereira Magno[31]
faz o seguinte comentário:
Foi
no Egipto e na Fenícia que estas crenças e estas superstições apareceram
primitivamente. Os egípcios eram um povo composto de barqueiros, de pescadores,
de pastores nómadas, habitando as margens do Nilo, dados à caça e à pesca; o
seu sistema religioso ressentiu-se das suas ocupações, na sua origem era apenas
o culto prestado aos astros e aos elementos da natureza; mais tarde foi-lhe
introduzido o culto dos animais, do boi como auxiliar mais útil do cultivador,
do cão guarda dos rebanhos, do gato inimigo dos crocodilos e dos ratos que
infestavam o Egipto; por ultimo veio o culto das plantas úteis, tais como o
loto, arvore cujo fruto alimentava os habitantes.
A explicação de Magno demonstra a
capacidade que o ser humano possui de, em seu estado natural caído, tornar cada
vez maior o estado e o estágio de idolatria e afastamento de Deus, a depravação
total. Contudo, mesmo no Egito, ou na Fenícia, nada é dito com relação a algum
tipo de idolatria a uma árvore que faça lembrar aquilo que viria a ser chamado
mais recentemente de árvore de natal.
Mas, a despeito de toda a literatura
histórica e mitológica já publicada, curiosamente, Herder Lexikon[32] faz a
seguinte afirmação sobre a árvore de natal:
Conífera
ornamentada e guarnecida com luzes durante o Natal em quase todo o mundo
cristão; ela se tornou comum somente no século XIX, embora já fosse um costume
pagão durante as chamadas “Doze Noites” (25 de dezembro a 6 de Janeiro) em que
se penduravam nas casas galhos verdes protetores e acendiam-se velas, porque
temiam-se as intrigas dos espíritos malignos. No cristianismo, a árvore de
Natal tornou-se um símbolo de Cristo, a verdadeira Árvore da Vida com as luzes
simbolizando “a Luz do Mundo”' nascido em Belém; as maçãs, freqüentemente
utilizadas como adorno, estabelecem uma relação simbólica com a maçã do
conhecimento do Paraíso e, consequentemente, com o pecado original eliminado
pela ação de Cristo, de modo a abrir caminho para a volta da humanidade ao
Paraíso simbolizado pela árvore de Natal.
Afirmar que a árvore de natal é uma
herança do paganismo, um “costume pagão durante as chamadas “Doze Noites” (25
de dezembro a 6 de Janeiro)” é ir de encontro a todas as informações já
publicadas mediante as pesquisas que já foram feitas. Por isso, Lexikon se
contradiz ao afirmar que o costume pagão, das Doze Noites, era o de pendurar
“nas casas galhos verdes protetores e acendiam-se velas” em comparação com a
árvore de natal. Nitidamente, pendurar galhos verdes não é o mesmo que
confeccionar uma árvore na sala, com bolas e uma estrela em cima. Temos, então,
dois elementos diferentes, galhos pendurados e uma árvore. Porém, para manter
uma posição, que não condiz com os fatos, Lexikon faz um malabarismo interpretativo.
Diferentemente da árvore de natal,
esses “galhos verdes protetores” pendurados são o que se chama de guirlanda[33], o que
é totalmente diferente. Por isso, afirmamos que a guirlanda tem origem no
paganismo e uma simbologia diferente daquela a que o natal de Jesus Cristo se
propõe.
Para ser mais coerente, se ainda assim
desejamos eliminar o pinheiro, árvore de natal, e, para isso, utilizamos como
argumento uma fictícia associação com o paganismo do passado, deveríamos, muito
mais, eliminar os jogos olímpicos, que foram criados para homenagear “Júpiter o
deus dos deuses, o deus supremo”[34]:
Júpiter
recebeu tantos cognomes como de lugares, onde tinha altares; na Líbia
denominavam-no Amon, no Egipto Osíris, Capitolino em Roma, mas o mais ilustre
era o át Júpiter Olímpico, ou porque era no Olímpio que êle habitava com toda a
sua corte, ou por causa da instituição dos jogos Olímpicos assim chamados de
Olímpia, cidade da Elida no Peloponeso, junto da qual se celebravam de quatro
em quatro anos completos. Ao quinto ano, depois de passado por completo o
quarto, celebravam-se esses jogos e o espaço que decorria entre um e outro jogo
chamava-se Olimpíada, modo célebre de contar os anos na antiguidade; os
primeiros jogos olímpicos celebraram-se no ano do mundo 3196.
Entretanto, nunca vimos uma mobilização
religiosa contra as Olimpíadas que claramente tem sua origem pagã. Mas com
relação ao pinheiro, ou árvore de natal, que não possui relação com o
paganismo, encontramos um alarde sobremaneira infundado. Então, é uma
incoerência criticarmos a árvore de natal, que não tem origem pagã, e
participarmos, assistirmos e contribuirmos com as olimpíadas, que foram criadas
para cultuar e adorar ao deus Júpiter. O que dizer ainda das fogueiras de São
João no dia 22 de junho, que foram criadas claramente para homenagear a
divindade idolatrada no catolicismo romano? Vemos constantemente manifestações
contra a árvore de natal, mas quase nenhuma contra tal fogueira. Não seria isso
uma incoerência? Isso para não falar de outras práticas bastante comuns na
sociedade.
O que dizer ainda do batismo realizado
pela igreja protestante? Será que foi uma prática pagã, já que religiões
antigas já a praticavam? Claro que não. O que dizer ainda da doutrina da
trindade? Será que foi uma prática pagã, já que existem demonstrações
religiosas de uma tríade de deuses em suas crenças? Claro que não. O que dizer
ainda da ideia do céu e inferno? Será que foi uma prática pagã, já que algumas
religiões antigas também ensinavam isso? Claro que não. O que dizer ainda da
prática judaica de enfaixar seus mortos, como fizeram com Lázaro (Jo 11:44) e
com Jesus (Jo 19:40, 20:7)? Será que foi uma prática pagã, já que os egípcios
também o faziam? Claro que não.
Ao falarmos sobre Árvore de Natal vemos
muitas afirmações sendo feitas, tanto nos púlpitos quanto na internet, que
alcança uma escala muito maior. Vemos declarações de que a árvore de natal tem
origem pagã com os escandinavos, em outros lugares é afirmado que foi originada
com os germânicos, em outro é afirmado que surge a partir de um antigo festival
chamado Zagmuk que simbolizava a passagem de ano, em outro é afirmado que tem
origem na Babilônia, em outro diz-se que iniciou-se por volta do século II ou
III a.C., outros ainda a associam como um elemento presente no ritual pagão de
Nimrod, outros dizem que surgiu em algum dos povos existentes na Mesopotâmia.
Enfim, são tantas afirmações que se
contradizem, datas que não coincidem, versões diferentes e afirmações cabais de
associação com o paganismo que se torna algo extremamente perturbador procurar
uma resposta coerente e que esteja bem fundamentada, documentada e comprovada.
Especialmente pela quantidade de contradições existentes. Mas uma coisa é
certa, para esses a árvore de Natal tem origem no paganismo, pois, no final da
história o ensino será resumido à simples afirmação de que ao buscar a
“verdadeira história do Natal” acabaremos diante de rituais e deuses pagãos.
Não importando quando, onde, nem por quem, o assunto árvore de natal transformou-se
em um cavalo de batalha na atualidade e pouca, ou nenhuma prova, tem sido
produzida ou apresentada para respaldar solidamente as afirmações feitas, mas
apenas declarações, que sempre se contradizem com os “fatos” que são
apresentados.
Então, qual a verdadeira origem da
árvore de natal?
Existe uma estória que alguns utilizam
como história. O certo é que aqui encontramos também muitas divergências no
conto, mas ainda assim tem sido utilizada para demonstrar a origem da árvore de
natal moderna. Afirma-se que entre os séculos VII e VIII, o missionário saxão
Winfried, conhecido como Bonifácio, o “apóstolo dos alemães”, dedicou-se a
pregar para os anglo-saxões da Germânia, que realizavam o culto à Odin através
da adoração ao “Carvalho Sagrado de Odin”, também conhecido como “Carvalho Sagrado
de Thor”. Bonifácio cortou esta árvore, utilizada pelo paganismo para seus
cultos, e utilizou a madeira para a construção de uma capela. Ainda, plantou um
pinheiro, chamado-o de “Árvore do Paraíso”, que utilizou para anunciar, de
forma visual, a mensagem de Adão, Eva e a árvore do conhecimento do bem o de
mal, representando a Queda no Éden e a Salvação em Cristo. Muitos anglo-saxões
se converteram à mensagem de Bonifácio e começaram a comemorar, junto com o
natal, o dia de Adão e Eva.
A árvore utilizada para simbolizar essa
festa era o pinheiro, ornamentado com maçãs, simbolizando o fruto proibido. Com
o passar dos anos, a festa foi sendo incrementada e novos “elementos” foram
introduzidos na árvore.
No século XV, em Livonia, Alemanha,
começaram a usar as árvores na época do natal, nos prédios comerciais, quando,
também, encenavam peças teatrais sobre Adão e Eva com uma árvore decorando o
cenário, representando a árvore do bem e do mal, no dia 24 de dezembro. Com o
tempo, os alemães passaram a utilizar um móvel de madeira, triangular com
prateleiras, em que colocavam figuras e elementos referentes à época natalina.
Daí surge o protótipo da atual árvore de natal, com a união dos dois – Árvore
do Paraíso e Móvel do Natal. Mas, tradicionalmente, a cultura alemã atribui a
Martinho Lutero, o reformador protestante, a construção da primeira árvore de
natal moderna.
Talvez por isso, Charles Haddon
Spurgeon[35],
ao falar sobre Lutero, tenha dito que:
Eu
gosto de imaginá-lo com sua família próximo a uma árvore de Natal, compondo uma
música, com o pequeno João Lutero em seu colo. Gosto de imaginá-lo cantando um
pequeno hino com as crianças, falando ao seu filhinho dos cavalos no Céu, com
freios de ouro e selas de prata. A Fé não retirou sua hombridade, mas a
santificou para usos ainda mais nobres. Lutero não viveu nem andava como se
fosse um reles clérigo, mas como um irmão de toda a humanidade![36]
A partir do ano de 1841, quando o
príncipe Albert, esposo da rainha Vitória, confeccionou uma árvore de natal no
Palácio Real Britânico virou moda e a prática se espalhou por todo o império e
pelo mundo.
Então, se por um lado a árvore de natal
não tem origem no paganismo, ela tem sido utilizada como um instrumento de
idolatria, e pensamos que é aqui que está o maior problema do assunto. Por
exemplo, para os esotéricos e adeptos do gnosticismo a árvore deve ter: 3
sininhos, para simbolizar a Trindade[37], as
três Forças Primárias do Cosmos; 7 Anjinhos, representando os sete espíritos
angélicos santificados; 12 Bolas, representado as doze leis crísticas, os doze
salvadores, os doze cavaleiros da távola redonda, os doze apóstolos e as doze
verdades de Cristo; 7 Bengalinhas, representando os sete chakras kundalinis,
que são pontos de energia que supostamente tornam o homem divino; Enfeites ao
pé da árvore, representando todas as virtudes que o ser humano deseja alcançar.
Por isso, se a árvore é utilizada com
esse sentido, intenção e significado, deve ser descartada imediatamente. Ela
foi criada com a finalidade de se fazer uma pregação visual. Se isto não está
sendo feito é porque não está cumprindo o papel e finalidade para a qual foi feita.
Dois fatores ainda precisam ser
observados.
O primeiro fator diz respeito àquilo
que é chamado de Lei do Amor e que é estabelecido por Paulo em Romanos 5:1,
quando o apóstolo trata da questão dos alimentos na igreja. Muito embora a
questão alimentar seja o assunto tratado, o princípio estabelecido deve ser
mantido, e este princípio bíblico estabelece a observação das consequências de
uma atitude na consciência de um irmão mais fraco. Por isso, enquanto o irmão
não possui o esclarecimento necessário e enquanto não chega a consciência de
sua liberdade em Cristo, aquele que julga ser mais forte na fé e ter
consciência bíblica deve aplicar a lei do amor suportando a debilidade do mais
fraco (Rm 15:1). Por isso, seja com alimentos ou com árvores de Natal, o irmão
mais “forte na fé” deve buscar não escandalizar o irmão mais “fraco na fé”.
Paulo, ainda, afirma
que não existe nada impuro, a não ser para quem deseja considerar alguma coisa
impura (Rm 14:14), e que todas as coisas são limpas. Portanto, o problema não é
a comida em si, mas o escândalo que pode ser gerado (Rm 14:20) ao se consumir
um determinado alimento na presença de um irmão que é mais fraco na fé. De
forma semelhante o princípio se aplica tanto a árvore de natal quanto a
qualquer outro assunto. Ao tratar do assunto que diz respeito a liberdade
cristã, Lawrence O. Richards[38]
afirma que “No exercício de nossa
liberdade, devemos permanecer sensíveis às convicções dos outros. Escolher agir
de maneira a beneficiar nossos irmãos é mais importante do que afirmar nossa
liberdade de fazer algo que viole a consciência dos outros”. Matthew Henry[39]
mantém a mesma posição:
Ainda que alguns são fracos e outros são fortes,
todos devem, não obstante, estar de acordo em não viver para si mesmos. Ninguém
que tenha dado seu nome a Cristo tem permissão para ser egoísta; isso é
contrário ao cristianismo verdadeiro. A atividade de nossas vidas não é
comprazer a nós mesmos, senão comprazer é o que faz a Cristo o todo em tudo.
Embora os cristãos sejam de diferentes forças, capacidades e costumes em
questões menores, ainda assim, todos são do Senhor; todos olham a Cristo, o
servem e buscam ser aprovados por Ele. Ele é o Senhor dos que estão vivos e os
conduz; e aos que estão mortos, os revive e levanta. Os cristãos não devem
julgar-se nem desprezar-se uns a outros, porque tanto uns como outros devem
render contas daqui a pouco. Uma consideração do crente acerca do grande Dia do
Juízo, deveria silenciar os juízos apressados. Que cada homem esquadrinhe seu
coração e sua vida; aquele que é estrito para julgar-se e humilhar-se, não é
apto para julgar e desprezar a seu irmão. Devemos cuidar-nos de dizer e fazer
coisas que possam fazer que outros tropecem e caiam. O um significa um grau
menor de ofensa, o outro um maior, os quais podem ser ocasião de pena ou de
culpa para nosso irmão.
Ainda, F. Davidson[40]
afirma que “o irmão mais fraco não deve ser desprezado” e que a “consciência do
irmão mais fraco deve ser respeitada”:
Paulo, primeiro que tudo, salienta o ponto de cada
pessoa ter suas próprias convicções. Por elas regulará seu comportamento, com
honestidade intelectual e moral, e deixará que o seu próximo faça o mesmo. Cada
um vive não na presença dos seus companheiros, senão diante do Senhor, em cujo
tribunal todos compareceremos [...] Nunca deviam pôr tropeço no caminho dos
irmãos mais débeis, ostentando sua própria liberdade na questão de comidas e
bebidas. Tal liberdade, na presença daqueles cuja consciência desaprovava
aquela atitude, podia tornar-se um obstáculo ou uma ocasião de queda, isto é,
um laço na senda do progresso moral. Iniciativa tomada contra a luz da
consciência, por pobre que seja essa luz, é fracasso moral. [...] O princípio
de abstinência total de tudo quanto escandaliza é recomendado como norma cristã
de viver a vida de justiça pela fé, a fim de que um irmão não seja tentado, não
tanto para a degradação carnal, quanto para a ruína moral e espiritual pelo
sufocamento da consciência. Em certas circunstâncias, nossa fé pode ter de se
expressar não abertamente, senão secretamente em nossa comunhão com Deus. Homem
feliz é o de consciência clara. Mas o que procede contra sua consciência
condena-se a si mesmo. O fator de todo importante é a fé. Mudar alguém o seu
procedimento neste particular sem crer que está certo é, de fato, um pecado.
Então, sendo guiados
pela lei do amor, que tudo suporta (1 Co 13:7), agir de forma contrária é o
mesmo que abandonar a instrução Divina.
O segundo fator, diz
respeito a utilização de símbolos pelos cristãos para a pregação da mensagem do
Evangelho em toda a sua história.
Se por um lado o
irmão que acredita que árvore de natal é pecado deve ser ter a sua consciência
preservada pelo irmão que entende que não há problema na árvore de natal, desde
que ela represente simbolicamente a obra de Cristo, por outro lado o irmão que
se escandaliza com a árvore de natal precisa ser esclarecido sobre a verdade
dos fatos. Para isso, Ivan Bilheiro[41]
demonstra a importância da utilização dos símbolos para a preservação e propagação
da mensagem do Evangelho pelos cristãos primitivos:
Assim, a arte cristã voltou-se para a representação de
símbolos. Até mesmo as simples estruturas geométricas, mais largamente
utilizadas no século I, foram reinterpretadas a fim de cumprir um novo papel.
O
simbolismo deu, logicamente, grande força ao Cristianismo. Ao mesmo tempo em
que protegia os cultos e a expressão dos fiéis, auxiliava na representação e na
compreensão de conceitos religiosos [...] Houve, então, um processo de mistura
de elementos diversos e de variadas fontes. Imagens simples que muitas vezes
somente adornavam obras foram re-significadas, bem como imagens dos cultos
pagãos e outras imagens de elementos simples da vida cotidiana.
Contrariamente
à arte usual (e ao conceito que se faz desta), a arte cristã do período das
perseguições passou a ser criada a fim de ter conceitos embutidos, significado
interno de coisas e/ou idéias exteriores.
Assim,
por exemplo, a simples forma geométrica do círculo passou a representar Jesus
Cristo, e quando vinha este símbolo sobre uma cruz, significava a crucificação
(considerado o fato de que as cruzes eram, geralmente, evitadas, por serem um
símbolo bem óbvio da perseguida religião), e, nesse caso, nota-se o sincretismo
simbólico com o Deus-sol do paganismo; ou o mesmo símbolo podia servir para
representar a eternidade de Deus.
Muitos
outros símbolos foram sendo criados, como o peixe, que representava, também,
Jesus. Este símbolo foi escolhido porque, em grego, a palavra peixe forma um
acróstico das iniciais de “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”, também em
grego. O símbolo do peixe também era utilizado para reconhecimento mútuo entre
os cristãos.
Dessa forma, foi uma prática bastante
comum entre os cristãos primitivos a criação de símbolos que expressassem a
mensagem do Evangelho. Fossem esses símbolos retirados de ilustrações bíblicas,
criados a partir da imaginação ou adaptados de símbolos já existentes e
utilizados por outros grupos e com outros significados.
Essa prática se tornou comum e eficaz
na preservação da mensagem e na preservação desta. Por isso Ivan Bilheiro[42] diz que
“a força de comunicação dos símbolos é inquestionável e adaptou-se muito bem à
linguagem religiosa (ou esta adaptou-se muito bem à linguagem dos símbolos)”.
Por tudo isso, acreditamos que apesar
da distorção da Árvore de Natal com a introdução de papai Noel, gnomos e
duendes, ela pode ser reutilizada nos dias atuais em sua forma original para
auxiliar na transmissão da mensagem do Evangelho, que foi o seu objetivo
inicial e razão pela qual foi criada. Assim como os cristãos antigos criaram
novos símbolos para a pregação visual da Escritura, podemos fazer o mesmo hoje,
desde que o significado de cada elemento destes símbolos seja fiel ao tema
bíblico.
[1] MÉNARD, René. Mitologia
Greco-Romana. Volume 1. São Paulo: Opus Editora, 1991. p.11.
[2]
Idem. p.72.
[3]
Idem. p.79.
[4]
Idem. p.288.
[5] MÉNARD, René. Mitologia
Greco-Romana. Volume 2. São Paulo: Opus Editora, 1991. p.206.
[6] BURNS, Edward McNall. História
da Civilização Ocidental. 2. ed. Porto Alegre: Globo, 1970. p.146,147.
[7]
Idem. p.173.
[8]
Joseph John Campbell foi um americano nascido em 1904 e falecido em 1987,
reconhecido mundialmente como uma das maiores autoridades do século XX em
mitologia.
[9] CAMPBELL, Joseph. As
Máscaras de Deus: Mitologia Oriental. Volume 1. São Paulo: Palas Athena,
1995. p.21.
[10]
Idem. p.47.
[11]
Idem. p.138.
[12] HACQUARD, Georges. Dicionário
de Mitologia Grega e Romana. Rio Tinto: Edições ASA, 1996. p.4.
[13]
Idem. p.13.
[14]
Idem. p.126.
[15]
Idem. p.67.
[16]
Idem. p.109.
[17] HESÍODO. Teogonia: A
origem dos deuses. São Paulo: Editora Iluminuras, 1995. p.21.
[18] FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO Carmen Alice. As melhores histórias da mitologia nórdica. Porto
Alegre: Artes e Ofícios, 2004. p.7,8.
[19] BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega. Volume I. Petrópolis: Vozes, 1986. p.58.
[20] BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega. Volume II. Petrópolis: Vozes, 1987.
[21]
Idem. p.68.
[22] MÉNARD, René. Mitologia
Greco-Romana. Volume 3. São Paulo: Opus Editora, 1991. p.82.
[23] MAGNO, Albino Pereira. Mitologia:
Interpretação e explicação das diversas passagens mitológicas dos “Lusíadas”.
Lisboa: J. Rodrigues e CIA, s/d. p.23.
[24]
Idem. p.181.
[25]
Idem. p.221.
[26]
Idem. p.222.
[27]
Idem. p.222.
[28]
Idem. p.285.
[29]
Idem. p.300.
[30]
Idem. p.329.
[31]
Idem. p.6.
[32] LEXIKON, Herder. Dicionário
de Símbolos. São Paulo: Cultrix, 1990. p.143,144.
[33]
A guirlanda é um adorno feito de ramos entrelaçados para pendurar nas portas,
utilizado no natal.
[34]
MAGNO, Albino Pereira. Mitologia:
Interpretação e explicação das diversas passagens mitológicas dos “Lusíadas”.
Lisboa: J. Rodrigues e CIA, s/d. p.40.
[35]
A Fé que Opera pelo Amor, foi o sermão de Nº 1750, pregado na noite de domingo,
11 de novembro de 1883 por Charles Haddon Spurgeon em Exeter Hall, Londres.
[36] SPURGEON, C. H. Lutero:
A Fé que Opera pelo Amor. 2012. Disponível em:
.
Acesso em: 16
abr 2013.
[37]
Para o esoterismo, a Trindade não possui o mesmo significado apresentado na
Bíblia. Para eles são apenas as três “Forças Primárias do Cosmos”, e não o Deus
pessoal que subsiste na forma de três pessoas distintas.
[38]
RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de janeiro:
CPAD, 2008. p.323.
[39] HENRY, Matthew. Comentário
Bíblico Novo Testamento: Mateus a João. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. p.183.
[40] DAVIDSON, F. O Novo
Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1997. p.1180-1182.
[41] BILHEIRO, Ivan. A
Arte Semântica dos primórdios do Cristianismo: a Disciplina do Arcano e o
Simbolismo Cristão. Disponível em:
. Acesso em 10 ago 2013.
p.64,65.
[42]
Idem. p.65.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você é livre para expressar a sua opinião, mas ela só será publicada se for expressa com respeito e educação.