Autor: Robson T. Fernandes
O debate entre Evolucionismo e Criacionismo é uma constante, e nesse embate os evolucionistas utilizam argumentações criacionistas que citam a história da ciência e dos cientistas como um fato a favor do criacionismo, distorcendo maquiavelicamente os fatos reais. Por exemplo, citam criacionistas históricos conhecidos como: Isaac Newton [1], Blaise Pascal [2], Robert Boyle [3], Louis Pasteur [4], William Buckland [5], Lord Kelvin [6], Carolus Linnaeus [7] e Johannes Kepler [8] entre outros, e afirmam que o círculo de cientistas criacionistas se resume a personagens que viveram antes do surgimento do Darwinismo, e mais, apresentam alguns erros defendidos pelos mesmos naquele período de tempo.
Na verdade, esse argumento é desprovido de solidez e robustez, porque se mesmo com alguns erros cometidos pelos mesmos, ainda assim foram capazes de deixar seus nomes registrados na história, a exemplo de Newton, que diria se fossem perfeitos?
O fato é que não existem perfeições, em se tratando de ser humano. Sejam estes criacionistas ou evolucionistas. A busca pela perfeição humana na terra é mais uma alienação da ilusão evolucionista. Se prosseguíssemos na mesma linha de raciocínio, seriam aberrantes as quantidades de prejuízos que iríamos relatar acerca do legado ateísta naturalista para a humanidade. Mas este não é o nosso caso nesse momento.
Enfim, além da historicidade benéfica e comprovada do criacionismo para a humanidade, como apresentou o Dr. Ben Clausen [9] do Geoscience Research Institute, podemos apresentar dados reais e atuais de cientistas renomados que defendem os pressupostos científicos da Teoria do Design Inteligente (TDI) e os pressupostos científicos do Criacionismo, a exemplo do Dr. Dominique Tassot [10].
Julgo importante observarmos uma entrevista do Dr. Tassot concedida à John L. Allen Jr.[11], em agosto de 2006. Entretanto, é importante observar que o Dr. Tassot não é um cristão protestante, mas católico, o que demonstra que as acusações de evolucionistas continuam sem fundamento e sem um alicerce firmado na verdade, já que os mesmos (evolucionistas) insistem em afirmar acerca dos criacionistas: “TODOS SÃO CRISTÃOS PROTESTANTES”. Portanto, isso é apenas uma assinatura que ratifica o desconhecimento dos fatos, que é atestado pelos xiitas evolucionistas, que ignoram a verdade de que o criacionismo científico está sendo defendido e ensinado por cientistas de diversas religiões, mesmo que não utilizem o termo criacionismo, ou criacionista.
Vejamos um trecho da entrevista do Dr. Tassot:
1) É esclarecido que o Centre d’Etude et de Prospectives sur la Science foi fundado em 1997, e é composto por 700 membros:
O senhor pode descrever o Centre d’Etude et de Prospectives sur la Science?Ele foi formalmente fundado em 1997, embora seja o resultado da transformação de um grupo informal preexistente de pessoas em uma organização. Nós somos principalmente uma associação de língua francesa. Nós temos uma publicação trimestral, CEP, e patrocinamos uma conferência anual. Nós temos 700 membros, cuja metade desse número é de cientistas. Também há os historiadores, religiosos, e outros. Nós publicamos alguns materiais sobre história da ciência. O eixo principal que cerca nosso interesse, porém, é uma aproximação crítica da teoria evolutiva.
2) É uma organização católica composta por católicos e membros de outras religiões:
O senhor poderia dizer se é uma organização católica?Sim. Nem todos os membros são católicos, mas certamente os membros mais influentes são católicos.
3) O Dr. Dominique Tassot é graduado pela Escola de Minas de Paris:
Qual é o seu treinamento científico?Eu sou graduado pela Paris School of Mines, que é uma escola elite de engenharia. Eu estudei matemática, física e química. Em minha carreira profissional eu trabalhei em metalúrgicas, não em ensino ou centros de pesquisa. Porém, muitos membros do CEP estão envolvidos em ensino de tempo integral e pesquisa.
... Depois de muitas perguntas:
4) É citado o Dr. Guy Berthault [12] como um cientista proeminente.
5) Os experimentos do Dr. Berthault – publicados em fontes acadêmicas fidedignas – estão espalhados ao redor do mundo e estão derrubando o atual ensino evolucionista sobre a idade da Terra:
O senhor pode citar algum cientista proeminente que pertence ao seu grupo?Eu mencionaria Guy Berthault, que trabalha com a datação sedimentar e que é altamente pertinente para este debate, tanto quanto é interessante do ponto de vista da história de ciência. A evolução confia em uma cronologia extremamente longa da terra, que é baseada em torno da teoria sedimentar. Basicamente, a idéia é que quando você acha muitos estratos diferentes de rochas sedimentares, os estratos mais profundos são mais antigos que os que estão acima, e o complexo inteiro levou um tempo extremamente longo para ser formado. Isso parece tão óbvio que por dois séculos os geólogos não questionaram o princípio subjacente.Mas se você pensar sobre isto, a questão do que está acima e o que está abaixo necessariamente não tem nada a ver com idades comparativas. Se você verter mercúrio, óleo e água em um copo, o mercúrio terminará no fundo, e não porque é mais velho. Princípios físicos operam. Densidade é o fator causador que determina a posição; cronologia não tem nada a ver com isto. A mesma coisa se aplica aos diferentes estratos dos restos sedimentares. Os estratos foram depositados onde eles estão, e necessariamente não é o caso que o material mais antigo está no fundo. Essa estrutura aparenta ter sido depositada na vertical. Ao invés, eles foram levados através de correntes horizontais. As camadas foram formadas por densidade, velocidade e geometria, não pelo tempo. Berthault foi que primeiro publicou esta descoberta em uma publicação da Academia Francesa de Ciência em 1990. Ele então entrou para a Universidade do Colorado em Boulder, e fez experimentos usando equipamentos muito sofisticados que são capazes de simular correntes de água e fenômenos físicos relacionados. Com efeito, ele tem criado uma ciência de sedimentação, e nós podemos atualmente calcular o tempo necessário para depositar o que nós observamos. Há uma equipe de cientistas russos que se apóiam nestes experimentos e têm publicado seus achados na Academia Russa de Ciência. Com efeito, isto significa que a cronologia geológica habitual foi destruída.
6) O experimento científico realizado por Guy Berthault refuta o evolucionismo cientificamente:
Quais as consequências para a Teoria da evolução?Isto significa que a escala de tempo que nós usamos com base no pensamento evolucionista não tem nenhuma base científica. Agora é possível calcular o tempo que levou para produzir restos sedimentares particulares, e é uma questão de dias, não de milhões de anos. Conseqüentemente, por enquanto, os fósseis podem nos falar onde um animal morreu, não necessariamente quando ele viveu. Já que os fósseis são a razão para teoria de evolução, os experimentos de Berthault questionam seriamente, se não refutam, a teoria da evolução.
7) O Dr. Dominique Tassot não apóia o evolucionismo, mas duvida desse ensino:
O senhor chegou a duvidar do evolucionismo em bases científicas ou religiosas?Quando eu estava estudando matemática, meu livro favorito foi Teilhard de Chardin. Eu estudei com os Jesuítas que eram todos a favor de uma aproximação muito positiva de Teilhard com o evolucionismo. Eu fui Teilhardiano. Eu não questionei nada disso. Eu não vi nenhuma contradição entre minha fé e o que eu estava estudando em ciência. Mas depois eu li um livro de dois cientistas franceses, escrito durante a Segunda Guerra Mundial, no qual eles questionaram a evolução em bases científicas. Minhas dúvidas começaram naquele momento.
8) Para o Dr. Dominique Tassot o evolucionismo é cientificamente insano:
O que convenceu o senhor?Originalmente, foi o argumento da probabilidade, significando a extrema improbabilidade de mutação positiva no sentido que a teoria evolucionista sugere. Depois, claro que, eu fui persuadido também pela refutação de Berthault acerca da cronologia geológica. Mais a fundo, a verdade teológica, filosófica e científica deve estar em acordo. Toda a verdade tem que funcionar junta. Assim, se a evolução não tem uma base científica sadia, não é necessário desperdiçar tempo para discutir se ela é compatível com a teologia Cristã.
9) Para o Dr. Dominique Tassot o evolucionismo não possui nenhuma base científica:
Quando o senhor diz que o evolucionismo não possui uma base científica sadia, está falando sobre a micro-evolução (desenvolvimento dentro das espécies) ou macro-evolução (desenvolvimento de uma espécie em outra)?Eu quero dizer macro-evolução. A propósito, isto é o que faz a o livro Truth and Tolerance (2003) do então cardeal Ratzinger tão interessante, porque ele é um dos poucos teólogos que entendem esta distinção. Normalmente as pessoas falam sobre ‘evolução’ mas elas não fazem distinção, e é impossível dizer qualquer coisa significante desta forma.Você pode se lembrar disso no trecho do New York Times, em que o Cardeal Schönborn disse algo bastante incrível sobre o texto de 1996 de João Paulo II denominando que a evolução ‘é mais que uma hipótese’. Schönborn chamou aquele texto ‘bastante vago e sem importância’. Muitas pessoas foram surpreendidas ao ouvi-lo falar sobre um texto papal daquele modo, mas atualmente é na verdade muito fácil de entender. ‘Evolução’ nunca é definida naquele texto. Na filosofia, nós supomos definir tudo, mas esse não era o caso aqui.A frase ‘mais que uma hipótese’ era de fato uma referência a Humani Generis. [Nota: Pio XII naquela encíclica se referia a evolução como uma ‘hipótese’] Mas o que significa esta fórmula? O que significa ser ‘mais que uma batata’? Não significa nada sem definição adicional e distinção.
…Depois de mais duas perguntas.
10) O ensino evolucionista faz com que não se pense em Deus:
O senhor acredita que cientistas defendam a evolução porque esta anula a necessidade de Deus?Nos Estados Unidos as pessoas estão bastante conscientes das dimensões religiosas e políticas da teoria da evolução. Na Europa, eu tenho a impressão que a maioria dos cientistas apenas não pensam nisso. A evolução é o paradigma aceito, e é isto. Eles pensam dentro desta visão científica do mundo. Eles são forçados a só questionar isso apenas quando se acharem na frente de um fato que é claramente incompatível com o paradigma.
…Depois de mais uma pergunta:
11) A única razão pela qual o Dr. Dominique Tassot não se identifica como criacionista é porque, segundo ele mesmo, essa terminologia pertence aos evangélicos, e ele é católico. Portanto, é importante observar que não se está tratando de resultados científicos, mas de terminologias, já que segundo ele mesmo é uma questão de identificação evangélica. Portanto, apesar de defender o criacionismo científico, ele não utiliza o título de ‘criacionista’ porque entende que essa é uma identificação dos evangélicos e ele é católico.
12) O Dr. Dominique Tassot fala que pode ter um bom relacionamento com os criacionistas, mas tem uma posição diferente. Todavia, não é uma posição científica, mas religiosa, como ele deixou bem claro no trecho da entrevista que segue.
O senhor é um criacionista?Não, porque nós chegamos a nossa posição antes de sabermos sobre os criacionistas. Nossa posição é diferente, em primeiro lugar porque nós somos católicos. Pelo que eu posso ver, o criacionismo é principalmente um movimento de evangélicos. A aproximação deles para a religião é diferente. Nós tivemos uma conferência uma vez com um cientista evangélico que trabalha na área de genética e se considera um criacionista. Em bases científicas, boas relações com os criacionistas são possíveis, mas é uma posição diferente. Por exemplo, nós não estamos comprometidos com uma leitura literal da Bíblia. Católicos lêem a Bíblia em termos de tradição de igreja, os pais da igreja, e assim por diante. Freqüentemente, o literalismo bíblico significa que cada pessoa interpreta a Bíblia por si mesmo.
13) O Dr. Dominique Tassot pesquisa, apóia e defende a teoria científica do Desenho Inteligente.
14) Ele afirma que essa também é uma teoria desenvolvida pelos evangélicos.
15) A teoria científica do Desenho Inteligente se mantém fora da esfera religiosa.
O que o senhor pensa sobre o “design intelligent”?Nós descobrimos o movimento do intelligent design há alguns anos atrás, e o estudamos com interesse. Certamente na idéia de design na natureza, nós concordamos. Vários artigos que nós publicamos em nossas publicações trimestrais vêm de fontes de intelligent design.Mais uma vez, a diferença é que nós somos católicos. Em geral, o movimento de intelligent design tenta ficar longe intencionalmente da questão da religião. Se for em matéria de uma aproximação intelectual para explicar a natureza como o resultado de intelligent design, eu concordaria com o intelligent design. Mas nós acreditamos que este desenhista (projetista) pode ser conhecido pela religião.
…Mais quarto perguntas e a entrevista acaba.
Portanto, podemos dizer que o Dr. Dominique Tassot defende a mesma posição da Teoria do Design Inteligente e a mesma posição do Criacionismo, todavia não usa o termo ‘criacionista’ porque entende que esta é uma nomenclatura que se refere a evangélicos, e não usa o termo design inteligente porque este ramo não se preocupa em identificar quem é o projetista, e ele sendo católico defende a identificação deste projetista.
Com isso, encontramos mais um cientista que defende os mesmos pressupostos científicos do Criacionismo e da TDI. Sem falar, é claro no Dr. Guy Berthault.
No site “THE SCIENTIFIC IMPOSSIBILITY OF EVOLUTION” [13] (A Impossibilidade Científica da evolução), é possível encontramos mais material.
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[1]. Isaac Newton, que desenvolveu as teorias da luz e gravitação universal, e juntamente com Leibniz inventou o Cálculo.
[2]. Blaise Pascal, um matemático brilhante que se converte aos 31 anos de idade.
[3]. Robert Boyle, que foi o fundador da Royal Society de Londres, e que algumas vezes é chamado de pai da química moderna. Em seu testamento ele deixa uma cláusula na qual se prevê um fundo para combater o ateísmo.
[4]. Louis Pasteur, que realizou avanços na Biologia e demonstrou que a Geração Espontânea não pode ocorrer.
[5]. William Buckland, que foi professor de Geologia em Oxford, onde ficou conhecido pelo seu Estudo Sistemático da Estrutura Geológica, tornando-se presidente da Geological Society.
[6]. Lord Kelvin, que desenvolveu a 2ª Lei da termodinâmica, que fala sobre a dissipação universal da energia. Kelvin baseou sua lei no fato de que as leis naturais foram criadas e governadas por um poder Divino. Ele baseou sua Lei no Salmo 102:26, um texto Bíblico.
[7]. Carolus Linnaeus, que é considerado o pai da taxonomia, e instituiu a nomenclatura binomial usada na atualidade, para definir gênero e espécie. Ele desenvolveu esse sistema de nomenclatura se baseando nos seres “distintos” que foram criados e que são mencionados no livro de Gênesis.
[8]. Johannes Kepler, que pensou que a doutrina da Trindade é sugerida nas três partes do sistema heliocêntrico, estrelas fixas e o espaço entre eles.
[9]. Jaki, Stanley L. 1978. The Road of Science and the Ways to God (Univ. of Chicago Press). Lindberg, David C. and Ronald L. Numbers, eds. 1986. God and Nature (Univ. of Calif. Press). Lindberg, David C. 1992. The Beginnings of Western Science: the European Scientific Tradition in Philosophical, Religious, and Institutional Context, 600 B.C. to A.D. 1450 (Univ. of Chicago Press).
[10]. Dominique Tassot - Graduado na Escola de Minas em Paris onde estudou Matemática, Física e Química. PhD em Filosofia. É o responsável pelo CEP - Centre d’Etude et de Prospectives sur la Science (Centro de Estudos e Prospectivas da Ciência) na França. Esse Centro de Estudos foi fundado em 1997 e é composto por 700 membros, cuja metade é de pesquisadores de várias partes do planeta.
[11]. http://www.catholicintl.com/scienceissues/tassot.htm
[12]. Guy Berthault - é formado pela École Polytechnique de Paris, e é membro da Sociedade Geológica e da Associação dos Sedimentologistas da França. Seus trabalhos experimentais originais foram publicados pela Academia de Ciências Francesa e pela Revista da Sociedade Geológica da França.
[12]. Guy Berthault - é formado pela École Polytechnique de Paris, e é membro da Sociedade Geológica e da Associação dos Sedimentologistas da França. Seus trabalhos experimentais originais foram publicados pela Academia de Ciências Francesa e pela Revista da Sociedade Geológica da França.
Tradução da entrevista: Robson T. Fernandes
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