quinta-feira, 19 de agosto de 2010

MISSÕES NO FIM DOS TEMPOS - PARTE 2 (FINAL)

 Autor: Prof. Robson T. Fernandes

“porém, tudo isto é o princípio das dores. Então sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; Ievantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim.”
Mateus 24:4-14


“tudo isto é o princípio das dores”



O que é esse “tudo isso” a que se refere o texto?

Todas as coisas citadas anteriormente, como: “muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo”, “ouvireis de guerras e de rumores de guerras”, “se levantará nação contra nação, e reino contra reino”, “e haverá fomes, e pestes, e terremotos”.

O princípio das dores não são as dores propriamente ditas. É como a mulher que está para dar a luz e sente as dores da contração, essas dores são apenas o anúncio de que o parto está perto, mas não é o parto propriamente dito.

Portanto, todas as coisas que vemos acontecer em nossos dias não são o fim, mas o anúncio de que o fim está próximo.

“Então sereis atribulados, e vos matarão”

Após as dores vem o parto propriamente dito.

O texto bíblico é claro em afirmar que “sereis atribulados”. Ou seja, a Tribulação chegará. Todavia, é importante salientar que o período Tribulacional possui dois propósitos, que são:

1. O primeiro propósito está declarado em Apocalipse 3.10: "Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra". Independentemente de quem participará desse período de provas, há várias outras considerações importantes no versículo. 1) Primeiramente vemos que esse período tem em vista "os que habitam sobre a terra", e não a igreja. A mesma expressão ocorre em Apocalipse 6.10; 11.10; 13.8,12,14; 14.6 e 17.8. Na sua utilização, João oferece não uma descrição geográfica, mas sim uma classificação moral.

2. O segundo propósito principal da septuagésima semana é em relação a Israel. Malaquias 4.5,6 afirma: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição”.

O profeta declara que o ministério desse Elias seria preparar para o Rei que estava prestes a vir. Em Lucas 1. 17 promete-se que o filho de Zacarias "irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias" para atuar nesse ministério e "habilitar para o Senhor um povo preparado". Com respeito à vinda de Elias que deveria ter sido um sinal para Israel, o Senhor declara: “Então, ele lhes disse: Elias, vindo primeiro, restaurará todas as cousas; como, pois, está escrito sobre o Filho do homem que sofrerá muito e será aviltado? Eu, porém, vos digo que Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como a seu respeito está escrito” (Mc 9.12,13).

O Senhor estava mostrando a seus discípulos que João Batista tinha o ministério de preparar o povo para Ele. E, para dirimir toda dúvida, a palavra em Mateus 11.14 é conclusiva: "E, se o quereis reconhecer, ele mesmo é Elias, que estava para vir". O primeiro ministério de João era preparar a nação de Israel para a vinda do Rei. Só podemos concluir, então, que Elias, que está por vir antes do terrível dia do Senhor, tem um único ministério: preparar um remanescente em Israel para a chegada do Senhor. É evidente que tal ministério não é necessário à igreja, já que ela, por natureza, é sem mancha, ruga ou qualquer outra coisa, mas é santa e sem mácula.

Esses dois propósitos, a provação dos habitantes da terra e a preparação de Israel para o Rei, não têm nenhuma relação com a igreja. Essa é a evidência complementar de que a igreja não estará na Tribulação.

Ainda, é importante observar que Cristo declarou: “não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça”.(Mt 24:34)

Que geração?

O termo grego utilizado para “geração” indica “raça” ou “família”, desta forma, pode-se dizer que Jesus falou o seguinte: “não passará a raça dos judeus sem que tudo isto aconteça”. Desta forma, este versículo é tanto uma promessa de preservação do povo judeu, como uma promessa de que a Tribulação é destinada a este povo, e não à Igreja.

“Sereis odiados de todas as nações”

Nenhum povo na história da humanidade foi mais perseguido e odiado que o povo judeu.

No dia 29 de novembro de 1947 a Assembléia Geral da ONU reuniu-se e apresentou a “Partilha da Palestina”, que teve como presidente o brasileiro Osvaldo Euclides de Sousa Aranha, fundando o Estado de Israel.

Um dia após a Independência, cinco países árabes atacam Israel (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria).

A Fundação e a Independência do Estado de Israel originaram uma série de Conflitos na história do Oriente Médio moderno:

1. (1947-1949) – Guerra da Independência

Foi uma guerra que envolveu o Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria contra Israel.

Entretanto, Israel venceu a guerra e aumentou sua área territorial de 14.500km2 para 20.900km2.

Ainda, Israel dá a Faixa de Gaza para o Egito, Jerusalém é dividida entre Israel e Jordânia.

2. (1956) – Guerra de Suez

A guerra inicia porque o Egito impediu que os navios de Israel atravessassem o Canal de Suez.

O Egito, Síria e Jordânia se aliam, ameaçando Israel.

Em oito dias Israel captura a Faixa de Gaza e toda a península do Sinai, até 16km a leste do Canal de Suez.

Ao vencer a guerra, Israel retomou sua irrigação e tornou-se um dos maiores exportadores de frutas e flores do mundo. Cumprindo assim a profecia bíblica de Isaías 27:6.

3. (1967) – Guerra dos Seis Dias

A guerra é iniciada porque o Egito proíbe a passagem dos navios de Israel pelo Estreito de Tiran.

Os exércitos do Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão ultrapassaram as fronteiras de Israel para invadir e atacar Israel.

Todavia, Israel conquista a Judéia, a Samaria, as colinas de Golan, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, numa guerra que parecia impossível de vencer para qualquer estrategista militar.

4. (1968-1970) – Guerra do Desgaste

A guerra teve início devido a ofensiva lançada pelo Egito para recuperar o território perdido (península do Sinai) na Guerra dos Seis Dias. Ao final, o Egito não conseguiu recuperar nada e as fronteiras continuaram no mesmo lugar.

5. (1973) – Guerra do Yom Kippur

A Guerra do Yom Kippur teve início com uma coalizão de estados árabes, liderados por Egito e Síria contra Israel.

Durante os dois primeiros dias o Egito e a Síria conseguiram avançar contra Israel, porém, o quadro se inverte quando na segunda semana a Síria é “empurrada” além das Colinas de Golã e o exército do Egito é isolado por Israel.

6. (1982) – 1ª Guerra do Líbano

A OLP (Organização de Libertação para a Palestina) estava controlando o sul do Líbano, realizando atrocidades com a população e usurpando a autoridade do governo libanês.

Com o assassinato do líder druso Kamal Jumblatt Israel entra no conflito para retirar a OLP do Líbano. Com isso, os EUA, aliados de Israel, entram diretamente no conflito.

7. (2006) – 2ª Guerra do Líbano

A guerra tem início quando o Hezbollah ataca posições militares e vilas de Israel, próximas ao Líbano, enquanto tropas xiitas invadem Israel, sequestram dois soldados israelenses e matam outros oito.

Israel respondeu ao ataque destruiu pontos de apoio para recebimento de arsenal bélico oriundo da Síria e do Irã, os principais patrocinadores do Hezbollah.

Apesar de tudo, Israel tem comunicado aos civis, através de panfletos, os locais e as horas em que irão atacar, a exemplo dos panfletos lançados sobre o Líbano no dia 25 de julho.

O conflito dura até hoje no norte de Israel e sul do Líbano, entre o Hezbollah e as FDI (Forças de Defesa de Israel).

“Nesse tempo” ... “escandalizar, trair e odiar uns aos outros”

No tempo que o Senhor destacou, ou seja, durante a tribulação a situação de Israel irá piorar.

Não há dúvida de que esse período testemunhará o derramamento da ira divina por toda a terra. Apocalipse 3.10; Isaías 34.2; 24.1,4,5,16,17,18-21 e muitas outras passagens esclarecem isso muito bem. Contudo, embora esteja em questão toda a terra, esse período é particularmente dirigido a Israel. Jeremias 30.7, que chama esse período "tempo de angústia de Jacó", confirma isso. Os acontecimentos da septuagésima semana são acontecimentos do "dia do SENHOR" OU "dia de Jeová". 0 uso do nome da divindade realça o relacionamento peculiar de Deus com aquela nação. Quando esse período está sendo profetizado em Daniel 9, Deus diz ao profeta: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade" (v. 24). Todo esse período faz, então, referência ao povo de Daniel, Israel, e à cidade santa de Daniel, Jerusalém.

Visto que muitas passagens do Novo Testamento como Efésios 3: 1 6 e Colossenses 1: 25-27 mostram claramente que a igreja é um mistério e sua natureza como um corpo composto por judeus e gentios não foi manifestada no Antigo Testamento, a igreja não poderia estar nessa e em nenhuma outra profecia do Antigo Testamento. Já que a igreja não teve sua existência senão depois da morte de Cristo (Ef 5.25,26), senão depois da ressurreição de Cristo (Rm 4.25; CI 3.1-3), senão depois da ascensão (Ef 1.19,20) e senão depois da descida do Espírito Santo em Pentecostes, com o início de todos os Seus ministérios a favor do crente (At 2), não poderia constar das primeiras 69 semanas dessa profecia. Já que a igreja não faz parte das primeiras 69 semanas, que estão relacionadas apenas ao plano de Deus para com Israel, ela não pode fazer parte da septuagésima semana, que está, mais uma vez, relacionada ao plano de Deus para Israel, depois que o mistério do plano de Deus para a igreja for concluído.

“Ievantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos”

O surgimento de falsos profetas durante a Tribulação será intensificado. Se hoje pensamos que a situação está difícil, durante a Tribulação será pior.

Para que se tenha uma pequena noção, vejamos a situação atual, para só entendermos que no período tribulacional irá piorar.

Os falsos profetas têm iludido milhares, ou milhões, de pessoas através de suas práticas e costumes já revelados pela Bíblia Sagrada. O que mais me chama a atenção é o fato dessas pessoas possuírem Bíblias e não atentarem para as Suas advertências. O texto Bíblico de 1Tm 4:1 é claro acerca da necessidade de se atentar para o ensino Escriturístico, procurando não cair nas garras do erro.

É preciso, todavia, entendermos que muitas pessoas o têm feito por inexperiência ou por uma orientação deturpada de seu líder. Esse é o caso dos neófitos, os novos convertidos. Hank Hanegraaff explica da seguinte maneira:

“Tenho encontrado pessoalmente diversas pessoas queridas que se enquadram nessa categoria. Não questiono sua fé nem sua devoção a Cristo. Eles integram aquele segmento do Movimento da Fé que, por alguma razão, não compreenderam nem internalizaram os ensinamentos heréticos apresentados pela liderança de seus respectivos grupos. Em muitas instâncias, são novos convertidos ao cristianismo que ainda não se firmaram bem na fé. Mas nem sempre é esse o caso.”
(HANEGRAAFF, Hank. Cristianismo em Crise. CPAD, 1996. p.43)

Tais pessoas têm suas práticas em comum com outros em outras partes do globo e em outros períodos da história. Por isso, podemos ver falsos profetas com práticas semelhantes em locais e (ou) períodos de tempo distintos.

A Bíblia nos apresenta sete (7) maneiras pelas quais podemos identificar um falso profeta. O que veremos adiante. Ainda, é importante observar que para ser classificado como falso profeta não é preciso estar enquadrado nas sete características, mas em apenas uma delas.

1) O que eles falam pode se cumprir, porém, eles conduzem o povo a práticas não bíblicas. (Dt 13:1-3)

a) Irá cumprir-se o que eles falarem, porém levarão as pessoas a práticas não bíblicas;
b) Quebrarão princípios bíblicos.

A primeira impressão que temos é a de que um falso profeta é alguém que traz uma predição, todavia esta não acontece. Isto não é verdade. O falso profeta pode trazer uma ‘profecia’ e a mesma acontecer.

O que precisa ser observado acima de tudo é o conteúdo da mensagem, e não apenas o seu cumprimento. Daí, a necessidade de se conhecer bem a Escritura, para que se possa julgar retamente a mensagem que é trazida. (1Jo 4:1)

2) Acrescentarão ensinos à Palavra de Deus, trazendo novos ensinos, novas práticas. (Dt 18:20)

a) Falarão além do que foi revelado por Deus.

Uma prática bastante comum nos dias de hoje é a adulteração da Palavra de Deus. Essa adulteração pode ser verbal ou escrita. A adulteração verbal ocorre, muito comumente, quando algumas pessoas têm a presunçosa ousadia de dizer que o SENHOR está falando através delas sem que isto esteja realmente acontecendo. A adulteração escrita ocorre quando há a modificação do texto bíblico de maneira escrita, como o próprio título sugere. A exemplo dos Russelitas que modificaram a Sagrada Escritura, e outros grupos mais.

O Movimento da Fé, tão forte atualmente, possui uma série de personagens que se enquadram na classificação de falsos profetas.

3) Não se cumprirão as suas profecias, ou ensinos. (Dt 18:22)

a) Não se cumprirá o que eles falarem.

Essa característica, eu creio, é a mais conhecida. Entretanto, apesar desse ensino ser claro e bem conhecido, muitas pessoas escolhem não lhe dar atenção para continuarem envolvidas com o engano e a fraude.

Podemos citar como exemplo as falsas profecias de Benny Hinn, que afirmou no ano de 1990 que os Estados Unidos seriam assolados por terremotos e outros eventos destruidores, e que um colapso econômico destruiria a economia dos EUA. Apesar de nada disso ter ocorrido, seus seguidores continuam crescendo em número.

4) Possuirão uma aparência de ovelha (Mt 7:15,22-23)

a) Terão aparência de ovelha, mas suas práticas serão egoístas e visarão interesses pessoais.

Muitas pessoas estão enganadas porque têm olhado para as supostas profecias que são trazidas, mas esquecem de olhar se a ‘árvore’ está dando bons frutos segundo a Sagrada Palavra de Deus.

Mais uma vez voltamos para o conteúdo da mensagem.

O falso evangelho da prosperidade, que deveria ser denominado de evangelho da ganância, é fruto incontestável de tais práticas antibíblicas.

5) Procurarão fazer as mesmas coisas que Cristo, como se possuíssem a mesma condição e posição. (Mt 24:4,5,24)

a) Dirão ser o próprio Cristo, ou serem deuses. Pessoas com a mesma capacidade de Cristo.

Há algumas décadas atrás, se alguém dissesse que era um pequeno messias, um pequeno Cristo seria chamado de herege, porém, Benny Hinn o disse e é aclamado como um profeta de Deus (Benny Hinn, Praise-a-thon (TBN), Novembro 1990).

Há algumas décadas atrás, se alguém dissesse que Jesus tem a mesma natureza que Satanás seria chamado de herege, porém, Kenneth Hagin ensinou isso (O Nome de Jesus, p. 26,27), e foi aclamado como um grande homem de Deus.

6) Usarão “sinais” que servirão de engodo para arrebanhar o povo (2Ts2:3,9)

a) Farão sinais e prodígios, porém conduzirão à apostasia, que é a deserção da fé bíblica.

Os falsos profetas têm como característica o uso de sinais e maravilhas para dar autoridade ao seu suposto ministério, o que irá fazer com que muitos venham a acreditar em seus ensinos. Entretanto, os seus seguidores estarão sendo conduzidos a apostasia, mudando os ensinos bíblicos e adotando práticas místicas, que há muito foram reprovadas pelos próprios apóstolos. O resultado final será uma miscigenação de mentira, misticismo e deserção da fé bíblica.

7. Não confessarão que Cristo veio em carne, isto é, fisicamente. (1 Jo 2:18-19, 4:3; 2 Jo 7)

a) Sairão do nosso meio. Não confessarão a Jesus (com palavras e atitudes);
b) Negarão a vinda de Cristo em carne.

Primeiro, é preciso entender que boa parte das seitas existentes e heresias apresentadas são dirigidas por pessoas que mantiveram algum contato com o Evangelho em algum período da vida. Contudo, o próprio texto bíblico esclarece que “saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco”.

Depois, é preciso saber que o falso profeta, e seu ensinos, negarão a vinda de Cristo em carne, isto é, fisicamente, comprometendo a natureza humana e Divina de Cristo, Sua vida, morte e ressurreição, que são ensinos essenciais à salvação.

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”

A frieza espiritual gera a falta de amor, tudo porque a iniqüidade foi adotada.

Diferentemente do que muitos pensam, iniqüidade não é apenas uma grave injustiça, crime e pecado, mas no original grego significa “pessoas que não seguem regras”, “não guardam a lei” ou “não aceitam regulamentos”.

Com isso é fácil lembrar do texto de Apocalipse 3:20, que foi escrito para crentes. Vejamos:

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo.”
Ap 3:20

Esse é um texto bastante conhecido da Bíblia, e que em muitas ocasiões é usado para apresentar a Palavra àquele que não A conhece. Contudo, se prestarmos um pouco mais de atenção, veremos que esse é um texto escrito às Sete Igrejas da Ásia Menor, ou seja, é um texto para crentes.

O que nos espanta é o fato de um texto escrito para crentes afirmar que Jesus está do lado de fora batendo na porta.

Esse é o triste resultado de uma igreja que pôs o seu Senhor para fora, tornando-se um clube social, onde as pessoas o freqüentam apenas com a finalidade de mostrar roupas novas, organizar festas e “confraternizações”, falar sobre assuntos supérfluos e escutar uma mensagem que os agrade.

A Igreja de Laodicéia é identificada como uma igreja morna, ou seja, em determinadas ocasiões é fervorosa e dedicada, entretanto em outras situações encontra-se fria e estagnada. As pessoas que possuem esse tipo de pensamento geralmente usam dos seguintes argumentos: “Ah, mas eu fiz isso a um tempo atrás”, “Ah, mas eu não disponho de tempo”, “Ah, mas eu não tenho dinheiro o suficiente”, “Ah, mas ninguém me ajuda”, “Ah, eu já fiz a minha parte”...

Lembre-se que Ap 3:16 afirma que diante de Deus não existirão desculpas. O fato de serdes morno o torna passível de ser vomitado da boca de Deus!

Deus não perdoa desculpas, Ele perdoa pecados confessados!

Alguns, ainda mais arrogantes, pensam ou falam: “não preciso de coisa alguma”. Devemos ter a consciência de que o orgulho e a arrogância não são sentimentos inerentes apenas a alguns ricos, mas alguns pobres possuem um orgulho e arrogância que superam a barreira do imaginário. Portanto, sentimentos medíocres e anti-cristãos não são coisas geradas por dinheiro, mas, por um coração que afastou-se de Deus. Se alguém tem orgulho no coração, não importa a quantidade de dinheiro que ela possua, será orgulhosa, arrogante, prepotente e facciosa do mesmo jeito. Se ela vier a ter um pouco mais de dinheiro, esse sentimento será apenas aumentado, mas não gerado.

Um fato bem real na humanidade é que a grande maioria das pessoas está sempre armada e pronta para acusar os outros, pelos seus erros. Sempre agem de forma errada, desleixada ou relaxada, se escondendo atrás do erro dos outros. Agem com se o erro dos outros fosse lhes justificar diante das pessoas e acima de tudo, diante de Deus.

Tais pessoas se esquecem de Ap 3:17: “e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.”

Deus não irá nos julgar baseando-se no que os outros têm e não dividem conosco. Ele irá nos julgar baseando-se nas condições que Ele mesmo nos proporcionou.

Devemos, então, pensar da seguinte forma:

- Se Deus me chamou para determinada tarefa, irá me dar condições para executá-la. Se eu não a fizer, estarei sendo negligente, irresponsável e omisso;
- Se exerço determinada função e não recebo as condições necessárias, então, provavelmente, Deus não me chamou para essa tarefa.

“Compre ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres”, é o que está escrito em Ap 3:18. Devemos esperar benefícios concedidos por Deus, segundo a Sua vontade e misericórdia, e não benefícios humanos.

Quando esperamos benefícios cedidos pelos homens, corremos o grande risco de nos revoltarmos e, inclusive, quebramos a comunhão com irmãos, quando esses benefícios não chegam. Isso irá arrasar a nossa vida espiritual, pois viveremos em função de benefícios e bens materiais. Não teremos alegria e desejo de ver o irmão, mas os benefícios que ele pode nos dar. Não iremos nos alegrar mais com as vitórias do próximo, antes sentiremos inveja por não recebermos a mesma vitória. O amor já não mais existirá. Teremos colocado o Senhor Jesus para fora das nossas vidas, e Ele estará de fora batendo na porta do nosso coração!

Nesse momento devemos parar um pouco e lembrar de Suas palavras em Ap 3:19: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te”.

Lembre-se que não teremos desculpas nem justificativas para nossos erros, diante Dele.

Devemos nos vestir de vestes brancas e unir a ‘oração’ com a ‘ação’ para que nossa nudez, ou seja, ações reprováveis, não sejam reveladas. Quando nos vestimos de branco não precisamos usar máscaras, nem tão pouco nos esconder atrás delas.

Precisamos usar o colírio, que é o quebrantamento verdadeiro do coração, para que possamos ver de forma clara, nítida e precisa a realidade da vida. Só assim poderemos ver.

Lembre-se de Suas palavras: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” (Ap 3:22).

Mesmo que você insista em não querer ouvir, a Verdade continua inabalável e imutável: “todos compareceremos perante o tribunal de Deus” (Rm 14:10).

“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo”

A pregação do Evangelho em todo o planeta só será efetuado durante a tribulação, e não é pré-requisito para o arrebatamento da Igreja.

É importante observar que o arrebatamento da Igreja é um evento que ocorrerá sem aviso prévio.

Além do mais, apesar de vivermos com o Reino de Deus implantado em nós hoje o evangelho que pregamos na atualidade é o Evangelho da Graça, que acabará no ato do arrebatamento da Igreja. Durante a Tribulação será pregado o Evangelho do Reino.

Portanto, durante a Tribulação será pregado o Evangelho do Reino, e não da Graça, a naquele período de tempo será pregado por todo o mundo.

“Então virá o fim”

A finalidade da tribulação, como já vimos é demonstrar um período composto por:

1) ira (Ap 6.16,17; 11.18; 14.19; 15.1,7; 16.1,19; 1Ts 1:9,10; 5.9; Sf 1.15,18);
2) julgamento (Ap 14.7; 15.4; 16.5-7; 19.2);
3) indignação (Is 26.20,21; 34.1-3);
4) castigo (Is 24.20,21);
5) hora do julgamento (Ap 3.10);
6) hora de angústia (Jr 30.7);
7) destruição (J1 1.15);
8) trevas (J1 2.2; Sf 1.14-18; Am 5.18).

No final da tribulação, com o advento do Armagedom virá o fim dessa ira e desse período. Só então “virá o fim”.

É importante destacar que Israel e Igreja são duas coisas distintas, e a tribulação é endereçada à Israel, quando a Igreja já tiver sido arrebatada.

Na segunda vinda, quando a Igreja retorna à Terra com Cristo, ocorre o Armagedom, quando Satanás é derrotado e preso por mil anos.

“Então virá o fim”!