Apesar de alguns anos na estrada às vezes ainda me surpreendo com algumas coisas que não deveria. Me surpreendo com uma série de práticas que são aceitas, avultadas, incentivadas, cultuadas e propagadas no meio denominado evangélico. Muitas coisas ainda me surpreendem. Por exemplo:
1) Me surpreendo quando um líder que propaga uma miscigenação religiosa sincretista e antibíblica busca em nome de um interesse comercial e financeiro se apresentar como um apologista e defensor da fé bíblica, quando – para piorar a situação – habitualmente comete erros mais grotescos do que aqueles que denuncia;
2) Me surpreendo com cantores que ensinam as mais diversas práticas antibíblicas e estranhas ao cristianismo. Práticas de origem hindu e oriental, associadas a um feminismo que tem se entranhado cada vez mais no seio da igreja e que os fazem viver nabadescamente, e ainda assim são aclamados no meio gospel, muito embora façam sociedade com grupos iníquos em nome de retorno financeiro e fortalecimento de seu império particular, em nome de Jesus;
3) Me surpreendo com líderes que usam os veículos midiáticos como arma, para falar em nome da comunidade evangélica como se fosse o seu representante legal, na ânsia por poder e na ganância desenfreada por ocupar um espaço que há muito está vazio desde a queda de outro líder nacionalmente influente, pensando, enganosamente, que é apologista e defensor de uma fé bíblica, quando também faz associações com líderes desvirtuados doutrinariamente e que se obstina em produzir criativamente unções e revelações que visam simplesmente esvaziar os bolsos de seus telespectadores, com um ar de arrogância, para também fortalecer seu pequeno império particular.
Por que eu estou surpreso?
Acho que não é por causa dos escândalos, mas porque agora todo mundo quer ser apologista! Estou surpreso porque esses "novos apologistas" pensam que podem falar em nome do povo, pensam que têm autoridade para falar o que estão falando, pensam que têm bagagem teológica para falar mas são incapazes de ver uma enorme trave em seu próprio olho.
Espíritas disfarçados de crentes querem ser apologistas, cantores de músicas hindus e feministas disfarçadas de bíblicas querem ser apologistas e falsos profetas criadores de falsas unções, sedentos por poder e posição também querem ser apologistas?
Agora, o que não me surpreende mais é ver que a grande maioria[1] daqueles que estão na TV não pregam a Bíblia, mas buscam apenas o fortalecimento de seus impérios e ministérios particulares, com uma oratória convincente e com a utilização de técnicas de manipulação de massa. Falam o que a grande maioria quer ouvir, e não o que precisam ouvir. Isso não me surpreende mais.
“Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo” (Mt 18:7)
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1. Eu disse "a grande maioria", porque ainda existem uns pouquíssimos, contados nos dedos das mãos, que não caminham neste rumo.