Autor: Robson T. Fernandes
“Faze-me ouvir a tua benignidade pela manhã, pois em ti confio; faze-me saber o caminho que devo seguir, porque a ti levanto a minha alma”
Salmo 143:8
Estamos vivendo dias em que muitos têm buscado a mensagem que agrada, mas isso não significa que a mesma é a necessária. Em geral, a mensagem necessária nem sempre é aquela que agrada. Na maioria dos casos, a mensagem necessária é aquela que toca nas feridas com a finalidade de curá-las. É gostoso ouvir uma mensagem que toca na alma e a edifica. É gostoso ouvir uma mensagem que vai de encontro às nossas necessidades. É gostoso ouvir uma mensagem que contribui para o nosso processo de santificação. Para que tudo isso venha a ocorrer é necessário que uma série de fatores, somados, sejam direcionados com o mesmo objetivo. É necessário que o pregador, antes de qualquer coisa, tenha uma vida de íntima comunhão com Deus. Essa comunhão é alimentada através de uma vida de oração, principalmente. É necessário que o pregador tenha uma vida de compromisso com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. É necessário que o pregador tenha uma vida sincera e genuína, despida de hipocrisia e falsidade religiosa. Nesse primeiro passo, a mensagem será “gostosa” de ouvir, mesmo que esta venha a tocar em pontos delicados de nossa vida. Ela será gostosa porque terá vida, alimentará vida e produzirá vida. O segundo passo diz respeito ao entendimento da mensagem. A mensagem precisa ser eficaz, isto é, ela precisa alcançar o seu objetivo, e para tal é necessário que seja transmitida com clareza. Essa clareza diz respeito a linguagem utilizada e a fidelidade Escriturística. Ouvir uma mensagem e gostar é uma coisa, e ouvir e entender é outra completamente diferente. Muitas pessoas gostam de ouvir políticos discursando, porque a sua maneira de falar é agradável, porém, muitas vezes não se consegue discernir de fato o teor da mensagem trazida. Ouvir e gostar é uma coisa, mas, ouvir e entender é outra. A mensagem precisa ser clara e inteligível. Quem ouve, o faz porque deseja compreender. Quando a mensagem não é clara não atingiu o seu objetivo. Ouvir e entender deve ser a intenção de quem quer escutar. Falar e se fazer entender deve ser a intenção de quem quer falar. O terceiro passo é o mais difícil de todos, em minha opinião, porque diz respeito a uma vida sincera com Deus. Para muitos se torna fácil falar, e até agradável, porque o ser humano tem buscado a atenção dos outros para si mesmo, e não para Deus. Muitos têm encarado os púlpitos das igrejas como palcos de shows, palanques de autopromoção e trampolins de exibições. A ação que nos leva a praticar o que foi falado ou escutado deve ser impulsionado pelo Espírito Santo. Fazendo assim, haverá vida e objetivo será alcançado. Estamos vivendo dias em que se fala demais, e se vive “de menos”! Já temos muita hipocrisia, mentira, falsidade e falcatrua na sociedade, não precisamos de mais hipocrisia, mentira, falsidade e falcatrua na igreja. Precisamos de homens e mulheres que estejam dispostos a se sacrificar por Cristo e pelo próximo. Precisamos de homens e mulheres que estejam dispostos a se doar por completo, por amor a Cristo. Precisamos de homens e mulheres que estejam dispostos a negarem a si mesmos. Precisamos de homens e mulheres que honrem o Evangelho de Cristo, no meio de uma sociedade que tem buscado respostas na Igreja, e que infelizmente muitas vezes não tem encontrado.
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