quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI



Uma reflexão sobre a renúncia de Bento XVI, suas consequências, razões e especulações


No dia 11 de fevereiro de 2013 o papa Bento XVI anunciou a sua renúncia ao pontificado[1], que deverá ocorrer no dia 28 de fevereiro de 2013. A renúncia foi realizada em seu discurso semanal, e publicado no site da Rádio Vaticano, sendo traduzido para 38 idiomas, no dia 10 de fevereiro.


Bento XVI não foi o primeiro papa da história a renunciar. Antes dele outros já haviam tomado esta decisão, que é prescrita no Código de Direito Canônico. Porém, o especialista em história medieval, Donald Prudlo, professor da Universidade do Alabama, afirma que a decisão abre a discussão sobre o destino do papa após a saída do cargo.

Existe uma discórdia sobre o número exato de papas que já renunciou, mas todos concordam com pelo menos três nomes: 1) Ponciano; 2) Celestino V, que foi isolado em uma cela após sua renúncia, ficando sob a supervisão de seu sucessor Bonifácio VIII; 3) Gregório XII, o último papa a renunciar antes de Bento XVI, e que viveu como um bispo respeitado o restante de seus dias, há aproximadamente 600 anos. Agora, Bento XVI entra para a relação de papas que renunciou.

Após sua saída, no dia 27 de fevereiro, ficará durante um mês em uma residência de verão, até a reforma de seu apartamento ser concluída, numa ala separada no Vaticano, no isolamento de um convento de freiras.

Em um trecho de seu discurso, Bento XVI fez a seguinte declaração:
Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.[...]Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sé de Roma, a sé de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.[2]
Após o anúncio, muitas especulações, teorias de conspiração e suposições têm sido levantadas, tanto de cunho político e religioso quanto escatológico. Nesse sentido, muito têm questionado os reais motivos que teriam levado o papa a tomar essa decisão.

Têm dito que seriam problemas de saúde, já que o mesmo usa um marca-passo há dez anos. Outros têm defendido uma guerra política dentro do Vaticano, devido ao escândalo do vazamento de alguns documentos secretos que denunciam a corrupção do Vaticano, e também os casos de pedofilia, que já há muito tempo vêm assolando o catolicismo, que não faz nada a respeito.

Só para que se tenha uma ideia, o ex-bispo de Boston, Bernard Law, acusado de defender centenas de casos de padres pedófilos
[3], foi transferido para o Vaticano e, depois, escalado para rezar a missa do quarto dia dos novendiali, o período de nove dias em que foram realizadas cerimônias em Roma em homenagem a João Paulo II[4], no ato de seu falecimento. Depois, ainda, fez parte do conclave que elegeu Bento XVI em 2005[5]. Será que fará parte do conclave que elegerá o novo papa? Provavelmente sim.

Na direção das intrigas e politicagens existentes nos corredores do Vaticano, o jornal o Estadão fez o seguinte comentário:
Bento XVI, por sua vez, padeceu de sua falta de carisma e de uma imagem fortemente vinculada à intransigência doutrinária. Essa imagem foi alimentada pela ala progressista da Igreja, interessada em salientar, como contraponto, o legado do Concílio Vaticano II, que permitiu reformas modernizantes. Para os conservadores, Bento XVI, ao retomar princípios que o Concílio havia flexibilizado, tornou-se uma espécie de herói contra a suposta desfiguração dos pilares eclesiásticos por interesses políticos e ideológicos. De fato, da biografia do papa destaca-se seu papel como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, nomeado por João Paulo II em 1981. Como chefe do órgão que sucedeu ao Santo Ofício, o cardeal Ratzinger era responsável pela defesa das tradições católicas contra tentativas reformistas por parte de sacerdotes e teólogos dissidentes. Como papa, manteve-se imune aos apelos por mudanças - no caso mais recente, em junho do ano passado, o Vaticano censurou um grupo de freiras americanas por promover "temas incompatíveis com a fé católica", isto é, a união homossexual, os anticoncepcionais e o divórcio.[6]
Já o jornal A Folha de São Paulo fez a seguinte declaração:
Bento 16, contudo, nunca projetou sobre os católicos o magnetismo que emanava de João Paulo 2º, cujas exortações se revestiam de autoridade quase mística. Ratzinger foi o papa cerebral, mais aparelhado para debater doutrinas com o filósofo Jürgen Habermas do que para transportar multidões.Premido que tenha sido por limitações de saúde, por escândalos no recesso do Vaticano ou pela incontrolável torrente de denúncias de abuso sexual pelo clero, a desistência de Bento 16 soará a não poucos fiéis como admissão de incapacidade para liderar a igreja diante de seus enormes desafios.[7]
Por outro lado, sempre que eventos marcantes surgem, especulações escatológicas vêm junto. Lembramos bem da época do ataque ao World Trade Center e ao Pentágono, em 11 de setembro de 2001, quando terroristas muçulmanos da Al-Qaeda, impelidos pelo Corão, assassinaram 2996 pessoas. Nessa época muitas especulações e supostas interpretações da Bíblia surgiram, utilizando o texto de Daniel 8, quando se diz que “estava em pé diante do rio um carneiro que tinha dois chifres: os dois chifres eram altos; mas um era mais alto do que o outro” (Dn 8:3). Nesse texto, é interpretado, pelos escatologistas de plantão, que os dois chifres eram as duas torres gêmeas, e que o chifre mais alto que o outro seria uma antena que uma das torres tinha, fazendo-a maior que a outra. Porém, o próprio texto de Daniel esclarece, no versículo 20, que “aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia”, excluindo, assim, qualquer outra interpretação, já que a Bíblia explica a própria Bíblia.

Semelhantemente, o anúncio da renúncia do papa tem causado muita especulação escatológica e muita interpretação bíblica precipitada e incoerente. E como se não bastasse, até supostas profecias que não são bíblicas têm sido aceitas na tentativa de se explicar o evento.

Esse tem sido um dos problemas existentes no meio de um grupo que se diz seguidor de Cristo, mas que se agarra a qualquer coisa na tentativa de sempre dar explicações e sempre ter respostas.

É importante, em primeiro lugar, sabermos que não temos resposta para tudo, e que a Bíblia não traz profecia para cada acontecimento que ocorre na história. É imprudência achar que a Bíblia tem a obrigação de explicar cada fato histórico e é uma tremenda irresponsabilidade hermenêutica e desrespeito com a Sagrada Escritura manipulá-la de forma irresponsável para tentar fazer com que as pessoas enxerguem a autoridade do Texto Sagrado, de goela abaixo, através de textos retirados de seus contextos e alicerçados em suposição, imediatismo, relativismo, malabarismos hermenêuticos, exageros e desequilíbrios teológicos.

Sabemos que, no contexto escatológico, o catolicismo romano, representado pelo Vaticano, está encaixado no texto bíblico de Apocalipse 17. Mas, a partir daí afirmar que essa profecia bíblica está relacionada com a profecia de São Malaquias, é no mínimo, declarar publicamente que a Bíblia tem associação com práticas reprovadas por ela mesma, como adivinhação (Dt 18:9-12). Isso é o mesmo que atestar publicamente que a Bíblia se autocontradiz, e mais, é confessar uma completa falta de entendimento bíblico devidamente contextualizado.

Claro que a renúncia de Bento XVI trará consequências, mas penso que é cedo para se fazer declarações e trazer explicações antes que todas as peças do quebra-cabeça estejam disponíveis. Precisamos entender que não precisamos distorcer a Bíblia para que as pessoas entendam que Ela é a Palavra de Deus. Necessitamos entender que independente de nós a Bíblia sempre será a Palavra de Deus e independente de qualquer coisa o Espírito Sato pode convencer o homem disso, sem que precisemos de artifícios maliciosos e distorcidos para isso.

Defender a profecia de São Malaquias é o mesmo que reconhecer heresias, paganismo e ocultismo como ações verdadeiras e aceitáveis.
A profecia de São Malaquias, ou "Profecia dos Papas", é um elenco de 112 frases curtas em latim que indicariam o número de papas, considerada uma premonição atribuída a São Malaquias, bispo de Armagh, que viveu no século 12. A obra prevê que o próximo papa vai ser o último antes da destruição de Roma e do fim da Igreja Católica[8].
Além do mais, a coleção de frases atribuídas a São Malaquias é tão fosca que nos faz lembrar das Centúrias de Nostradamus, que possuem uma linguagem tão embaralhada e tosca que pode-se utilizar tais predições encaixando-as à qualquer situação. É mais ou menos como a suposta Profecia Maia do fim do mundo para 2012, ou as profecias dos astrólogos que sempre vêm à TV para anunciar, no fim de ano, que algum artista famoso vai morrer, alguém vai acertar na loteria, acidentes ocorrerão etc. São mero ocultismo cabalmente reprovado pela Bíblia.

Também, muitos desconhecem a polêmica envolvida na questão, pois os próprios “redatores da última edição da Enciclopédia Católica, argumentam que a profecia é uma farsa do século 16”[9].
As "profecias" teriam sido elaboradas por um falsário italiano, Alfonso Ceccarelli, para tentar influenciar, sem sucesso, os cardeais no conclave de setembro 1590, que elegeu o papa Urbano 8º. Apesar das evidencias de ser um falso, sempre que se fale sobre a sucessão no Vaticano, o imaginário popular volta à famosa "profecia de São Malaquias."[10]
É impressionante como as pessoas que se dizem seguidoras de Cristo não sabem o que o próprio Cristo falou, e como se deixam levar por perturbações que estão além de suas responsabilidades. Esqueceram completamente que Cristo disse: “E certamente ouvireis falar de guerras e de rumores de guerras; vede, NÃO VOS ASSUSTEIS, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim” (Mt 24:6). Desconhecem que o apóstolo Paulo instruiu “a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o dia do Senhor” (2Ts 2:2).

Portanto, não se assuste nem se mova do seu lugar por causa das notícias e das ameaças que o mundo respira.

O pastor Hernandes Dias Lopes fez o seguinte comentário no seu perfil do facebook, com a qual concordo plenamente:
O alemão Joseph Ratzinger, Bento XVI, é o duocentésimo sexagésimo quinto (265) papa da história. Desde 2005 ocupa essa posição de líder maior do Catolicismo Romano e chefe do Estado do Vaticano. É um dos mais proeminentes teólogos do Catolicismo, com vários livros publicados. Fala fluentemente seis idiomas, dentre eles o Português. É pianista e membro de várias academias científicas. Como conservador sempre combateu com tenacidade a teologia da libertação. É hoje um dos líderes mais respeitados do mundo. Agora, os cardeais reunir-se-ão para a escolha de um novo papa. Os olhos do mundo estão voltados para esse acontecimento de repercussão internacional. Precisamos, porém, entender que nenhum líder religioso seja desta ou daquela denominação pode ser o bispo universal da igreja. Somente Jesus é o cabeça da igreja, o dono da igreja, o Salvador da igreja, o Senhor da igreja, o edificador da igreja e o protetor da igreja.
No contexto bíblico de Apocalipse 17,18 temos algumas informações importantes, extraídas do próprio texto, que podem nos ajudar a entender o contexto real e escatológico. Portanto, é importante – nesse momento – abrir a Bíblia e acompanhar o resumo dos versículos apresentados a seguir:

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Pequeno Comentário Bíblico de Apocalipse 17 e 18

Apocalipse 17:1,2
          Vemos duas Babilônias: Uma Política (Ap 17) e Uma Religiosa (Ap 18).
          A Grande meretriz é uma prostituta.
          Ela, a prostituta, tanto política quanto religiosa, possui as seguintes características:
                   Sentada sobre muitas águas (Ap 17:15);
                   Seduziu os reis da Terra;
                   É uma devassa, porque seduziu toda a Terra.

Apocalipse 17:3
          A mulher está sentada numa Besta escarlate.
                    Possui nomes de blasfêmia;
                    Possui sete cabeças;
                    Possui dez chifres;
                   Está vestida de púrpura e escarlata;
                   Está adornada de ouro;
                   Possui pedras preciosas e pérolas;
                   Possui um cálice de ouro na mão;
                   É responsável pelas abominações, imundícias e prostituições.


 Apocalipse 17:5,6
          É chamada de Babilônia, a Grande e também de Mãe das meretrizes e abominações.
          Possui o sangue dos santos nas mãos.
          É responsável pelo derramamento de sangue das testemunhas de Jesus.
          O catolicismo romano sempre agiu com braço de ferro através da manipulação política e religiosa em nome de Deus. No artigo Pio XII, o papa anti-semita de Hitler[11], encontramos a seguinte declaração:
            De uma forma ou de outra, não é de admirar o que tal religião é capaz de fazer em nome dos próprios interesses na usurpação do nome de Deus. Pois quem foi capaz de instituir um tribunal divino pondo-o o nome de “santo”, nessa busca insana por eliminar quem não concorda, em bases Escriturísticas, com suas heresias, é capaz de qualquer outra coisa.
       Quem pode matar 60 mil pessoas no ano de 1209, em Beziers (França); queimar 400 pessoas vivas no ano de 1211, em Lauvau (França); assassinar 10.200 protestantes entre os anos de 1420-1498, sob o comando do frade Torquemada; matar cruelmente 31.912 cristãos, martirizar 291.450 pessoas e banir 2.000.000 de seres humanos da Espanha; matar 50.000 cristãos entre os anos de 1500 e 1558, sob o comando de Carlos V; exterminar 100.000 anabatistas entre os anos de 1566 e 1572, a mando de Pio V; assassinar covardemente 70.000 protestantes franceses em uma única noite, em 24 de agosto de 1572, sob as ordens de Gregório XIII; eliminar 200.000 hugenotes no ano de 1590 e exterminar cerca de 15.000.000 de pessoas entre os anos de 1578 e 1637, sob o comando de Fernando II, é capaz de qualquer outra coisa.
    Quem é capaz de organizar um exército de elite chamando-os de missionários evangelizadores, catequisadores membros da “Companhia de Jesus” (Jesuítas), cujos membros estão dispostos a fazer o seguinte juramento, é capaz de qualquer outra coisa:
Prometo ensinar a guerra lenta e secreta contra os protestantes e maçons... queimar vivo esses hereges, usar o veneno, o punhal ou a corda de estrangulamento. ..farei arrancar o estômago e o ventre de suas mulheres e esmagarei a cabeça de seus filhos contra a parede, a fim de aniquilar a raça!...Se eu for perjuro, as milícias do papa poderão cortar meus braços e minhas pernas, degolar-me, cortando minha garganta de orelha a orelha, abrir minha barriga e queimá-la com enxofre, etc.! – Assino meu nome com a ponta deste punhal molhado no meu próprio sangue."
          Para ilustrar, vejamos alguns instrumentos de tortura utilizados pelo catolicismo durante a denominada Santa Inquisição, que representam muito bem a descrição do texto de Apocalipse:






Apocalipse 17:10

         As 7 cabeças representam 7 montes. Estes montes são bem conhecidos, e são denominados de: Capitólio, Quirinale, Viminale, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino. Essas sete colinas estão ao redor da cidade do Vaticano, encaixando-se mais uma vez com a descrição bíblica da Babilônia.



           As 7 cabeças, representam também 7 reis, ou formas de governo na história de Roma:
                    1) Reis ((de 754 a 510 a. c.);
                    2) Senado (de 510 a 300 a.c.);
                    3) República (de 300 a 48 a.c.);
                    4) Triunvirato (de 58 a 44 a.c.);
                    5) Tribunais militares (de 44 a 31 a.c.);
                    6) Papado;
                    7) Anticristo.

Apocalipse 17:11
          O 8º rei procede dos 7 anteriores, é a Besta (líder religioso) e caminha para a destruição.

Apocalipse 17:12-14
          O 10 chifres, que são os 10 “reis” farão uma aliança e serão “levantados”. Ou seja, receberão poder e autoridade.
          Eles se submetem a besta, pelejarão contra o Cordeiro (Jesus) e vencerão os eleitos (salvos).

Apocalipse 17:16
          Os líderes e a “organização política” (Babilônia política) odiarão a meretriz, destruirão a meretriz e despojarão a meretriz, que é a Babilônia religiosa (Roma – Vaticano). Então, a meretriz será queimada.

Apocalipse 17:17,18
          Deus está no controle de todas as coisas.
          A mulher é a grande cidade, Vaticano, que    domina sobre os reis da terra e exerce influência sobre todos.

Apocalipse 18:2
          O texto, aqui, apresenta outras características da Babilônia.
          Esta cidade é:
                   Morada de demônios;
                    Covil de todo tipo de espírito imundo;
                    Refúgio de toda ave imunda;
                    Refúgio de toda ave detestável.

Apocalipse 18:3
          Esta cidade, Babilônia – Vaticano, embriagava todas as nações, deixando-as sem sentido e em noção. Era uma prostituta e prostituía as nações, e comercializou com todos.

Apocalipse 18:5
          Os seus pecados são grandes e muitos, mas Deus não assiste inerte. Deus agirá.

Apocalipse 18:6
          É hora da Babilônia receber de volta tudo que semeou. Receberá em dobro.

Apocalipse 18:7
          Esta cidade, Babilônia – Vaticano, fez o seguinte;
                   Roubou a glória de Deus;
                   Glorificou a si mesma;
                   Viveu em luxúria;
                   Sofrerá tormento e pranto;
                   Pensa que é rainha, e que tem esposo, mas não tem.

Apocalipse 18:8
          Virão flagelos de morte para a Babilônia em um só dia;
          Será consumida pelo fogo;
          Terá fome, prateará e morrerá;
          Deus a julgou diretamente.

Apocalipse 18:9
          Os reis lamentarão, não pela Babilônia em si mesma, mas porque sua fonte de luxúria, prostituição e enriquecimento será exterminada.

Apocalipse 18:10
          Os moradores da terra reconhecerão o julgamento da Babilônia, e observarão de longe.

Apocalipse 18:11
          Os mercadores serão prejudicados pela queda da Babilônia e por isso chorarão. Ninguém desejará os “frutos” da Babilônia.

Apocalipse 18:13
          Os produtos da Babilônia se dividem em:
                    1) produtos minerais;
                   2) produtos vegetais;
                   3) produtos humanos.
          Ela comercializava tudo, inclusive as almas dos homens.

Apocalipse 18:14
          Tudo o que satisfazia a babilônia será exterminado.
          Tudo o que tem origem na iniquidade será exterminado.

Apocalipse 18:15
          Aqueles que se alimentavam da prostituição da Babilônia observam de longe com medo que o mesmo lhes aconteça.

Apocalipse 18:16,17
          Observe que sempre que choram não choram por causa da babilônia, mas por aquilo que ela oferecia. Portanto, assim como a Babilônia era os seguidores também são, sempre interesseiros.

Apocalipse 18:18,19
          Ainda assim desejam glorificar a cidade pois dizem que nenhuma outra cidade se compara a Babilônia. A cegueira e interesse continuam.
          Sempre lamentam pelas riquezas e opulências da Babilônia, ma Deus é justo em seu juízo.

Apocalipse 18:20
          A ordem de Deus é haver alegria no céu por causa da destruição da Babilônia.
          Deus realizou a vingança e o juízo.

Apocalipse 18:21
          O anúncio do anjo é uma afirmação de que a Babilônia será derrotada e escondida para todo o sempre.

Apocalipse 18:22
          Haverá grande alegria no céu por causa da queda da Babilônia.

Apocalipse 18:23
          Nela não haverá mais alegria.
          Nela não haverá mais produtores de imagens de escultura.
          Nela não haverá mais nenhum tipo de trabalho.
          Ela não mais existirá.

Apocalipse 18:24
          Ela foi responsável pela morte dos santos e do povo de Deus.
         Ela era uma assassina histórica e implacável, mas a sua hora chegou. Por isso houve tanta alegria no céu.

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Portanto, esse é o contexto bíblico sobre o Vaticano, mas utilizar isso para tentar explicar as razões da renúncia do papa Bento XVI e fazer previsões futuristas com base em uma distorção da Escritura e com base em profecias de falsos profetas e de prognosticadores anti-bíblicos é no mínimo precipitação, para não dizer heresia.

Mas, parece que esse tipo de especulação sempre faz sucesso e notoriedade. Basta lembrar do fim do mundo, tão anunciado para o final de 2012 e que tinha por base o calendário Maia.

Então, sejamos sóbrios, pacientes e firmes naquilo que recebemos de forma bíblica.

Robson T. Fernandes


[1] O termo vem da expressão Sumo Pontífice, que significa literalmente "construtor de ponte" (pons + facere). Simbolicamente, o papa é considerado como o construtor da ponte entre Deus e os homens. Na doutrina católica afirma-se que o pontífice é "[...] constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados". Ou seja, alguém que usurpa o lugar de Jesus Cristo.
[2] Bento XVI anuncia renúncia. Disponível em: . Acesso em: 14 fev 2013.
[3] Pode ser visto em: http://www.dgabc.com.br/News/90000281044/bispo-de-boston-pagou-defesa-de-padres-acusados-de-pedofilia.aspx?ref=history
[4] Cardeal acusado de acobertar pedófilos enfrenta protestos. Disponível em: . Acesso em 14 fev 2013.
[5] Idem
[6] A renúncia do papa. Disponível em: . Acesso em: 14 fev 2013.
[7] Editorial: Bento 16, o Breve. Disponível em: . Acesso em: 14 fev 2013.
[8] Renúncia de Papa faz relembrar de profecia de São Malaquias. Disponível em: . Acesso em 14 fev 2013.
[9] Idem.
[10] Idem.
[11] Pio XII, o papa anti-semita de Hitler. Disponível em: . Acesso em 14 fev 2013.