quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Por que o Evangelho enfrenta a atual situação?

Autor: Robson T. Fernandes
Para muitas pessoas a situação atual do mundo evangélico pode ser boa, mas se compararmos aos princípios bíblicos fundamentais, veremos que está muito além daquilo que Deus verdadeiramente deseja para a vida do ser humano, principalmente para aqueles que se denominam filhos de Deus.
Para boa parte da população evangélica, pode estar havendo crescimento, pode estar havendo evangelização etc. Todavia, vejo de forma diferente. Vejo que a quantidade de escândalos tem aumentado, o comércio exacerbado é realizado descaradamente (IIPe 2:3), a manipulação e distorção teológica é evidente e a mais variada gama de falsos ensinos é propagado descontroladamente.
Hoje temos a teologia da prosperidade para os gananciosos que desejam ser ricos; temos a bênção de Toronto (unção do riso) para os que não sentem alegria com a pregação bíblica e desejam transformar o culto em picadeiro anárquico circense; temos o apostolado pós-moderno para os gananciosos que têm sede por poder e posição; temos o louvorsão para aqueles que vivem de shows evangélicos; temos culto de libertação para aqueles que têm problemas tão grandes que o sacrifício de Jesus não pode resolver, mas uma reunião de catimbó evangélico supostamente sim.
Hoje encontramos “pastores” para todos os gostos: Pastores que urinam nos postes de Curitiba, e depois a moda se espalhou por Londrina e outros locais; Pastores brasileiros ungindo a cidade de Newark, NJ, nos EUA com três galões de óleo santo de Israel com helicóptero, organizadores da expocristã ungindo com óleo a cidade de São Paulo de helicóptero, pastor que unge com óleo a cidade de Feira de Santana, na Bahia, de helicóptero; Pastores que cobram para orar e proferir bênçãos numa neo-indulgência que esvazia as pessoas para encher gazofilácios; Pastores ecumênicos que chamam a igreja católica de irmã pois dizem serem filhos do mesmo deus; Pastores que ensinam seus bodes a darem ordens a Deus, se revoltarem contra a situação e declararem que querem e irão comer o melhor dessa terra; Pastores judaizantes que conduzem seu rebanho de volta à maldição da lei; Pastores neófitos, teologicamente despreparados e infantis que promovem o reteté em seus redutos; Pastores que dizem ter ido ao céu e ao inferno para revelar ao povo a verdade dos fatos, desprezando a revelação bíblica; Pastores espíritas que ungem objetos para que os mesmos passem a ter poderes sobrenaturais; Pastores boçais que andam com carteiras de couro com insígnias encravadas com o título “autoridade eclesiástica” e adesivos nos carros que dizem “pastor evangélico – autoridade eclesiástica”; Pastores macumbeiros que promovem a “sexta-feira 13 do desencapetamento total”, sessões de descarregos, rosas ungidas, lenços milagrosos ...; Pastores mentirosos que dizem ter viajado por “256 países” quando o Departamento de Estado Americano reconhece apenas 192 países independentes (http://www.state.gov/s/inr/rls/4250.htm), excetuando-se o caso de Taiwan; Pastores que dizem emagrecer pessoas na hora com suas orações, que dizem ter visão de raio-x, que fazem a “prece violenta na gruta milagrosa”, que oram para “fechamento de corpo”, que distribuem o “diploma do dizimista assinado por Jesus Cristo”, que oferecem “curso para pastor por correspondência” com duração de seis meses e entrega de diploma de pastor pelo correio, que oferecem “título emérito para apóstolo” e que lhe “glorificará como o melhor servo do Senhor”, que lhe forma na “escola do sobrenatural”, que lhes ensinam os “sete segredos para o homem ficar rico” porque “cansei de ser pobre”, que oferecem a “proteção divina contra a dengue”, que curam com o seu fétido suor embebecido no lenço, que lhes oferecem explosões de benção, explosões de milagres e contatos com o sobrenatural, que oferecem pulseiras proféticas que em nada se diferenciam dos terços católicos e do Mala (rosário) budista, que oferecem campanhas cabalísticas, numerológicas e astrológicas e pedem “um sacrifício de sete reais, sete dias de oração, sete minutos antes da meia noite de cada dia”, ou uma “oferta voluntária de novecentos reais” proferida por alguém que já disse ser Deus e Jesus, que ungem os órgãos genitais de seus membros e dizem saber o dia da volta de Jesus Cristo.
Enfim, hoje encontramos “pastores” e “igrejas” para todos os gostos.
Eu fico muito mais aborrecido, com pessoas que se dizem seguidoras de Jesus Cristo e que voluntária e espontaneamente aceitam tais práticas. E mais, se sentem confortáveis com todas essas funestas desgraças. Pior ainda, se sentem ofendidas quando lhes dizemos a verdade.
É amargurante ver o meio evangélico aceitar tais práticas em nome do amor ao próximo. Que amor? Amor ao pecado? Amor ao erro? Amor à blasfêmia contra Deus e Sua Palavra?
Não, isso não é amor. Isso é comodismo e conforto, conivência e cumplicidade, covardia e timidez, indiferença e desinteresse, insensibilidade moral e inconsciência doentia, desdém e apatia, desprezo e desconsideração à Deus, pusilanimidade e poltronaria.
Por que a igreja evangélica enfrenta tal situação? Porque ela está aceitando em seu meio pessoas que possuem as características citadas anteriormente.
Muitos poderão dizer “mas está escrito que estas coisas iriam acontecer”. Bem, se está escrito é porque vai acontecer mesmo! Mas isso não significa dizer que Deus está satisfeito e contente com a situação, e muito menos que foi Ele quem fez isso acontecer. É preciso entender que revelar o que vai acontecer é uma coisa, mas fazê-la acontecer é outra totalmente diferente.
A grande verdade, no final das contas, é que Deus deseja que sejamos diferentes e que façamos a diferença. Devemos entender que Deus revelou tais coisas em Sua Sagrada Palavra para nos precavermos contra as mesmas, e não para nos acomodarmos em uma falsa esperança baseada numa interpretação distorcida.
Deus, em nome de Jesus, tem misericórdia dos teus servos e verdadeiros pastores que andam retamente segundo a verdade revelada em Sua Sagrada, Infalível, Inerrante e Suficiente Palavra!
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