Uma reflexão sobre a babilônia e a vida da Igreja
Robson T. Fernandes
A Babilônia é um local citado na Bíblia por mais de 200 vezes. Está localizada no que hoje conhecemos como Iraque, entre os rios Eufrates e Tigre (Mesopotâmia) na Planície de Sinear.
Tal lugar ficou bastante conhecido na antiguidade pela construção da Torre de Babel, sendo a primeira cidade mencionada após o Dilúvio (Sinear) e chamada posteriormente de Caldéia. Era a cidade das maravilhas, com enormes pedras e muito bem ajustadas, os jardins suspensos (uma das 7 maravilhas do mundo antigo), o templo de Bel que tinha 200 metros de altura. Era o centro do comércio do mundo antigo. Suas muralhas tinham mais de 100 metros de altura, e tinham a capacidade de suportar a passagem de dois carros de guerra, lado a lado, por cima dela. Cada lado da cidade tinha 25 portas de metal, com uma rua saindo de cada porta, possuindo 6 Km de extensão.
Diante de tal grandeza física a Babilônia se destacava, todavia, o seu destaque não estava limitado a sua capacidade e grandiosidade física, mas a suas características espirituais. Estas marcaram muito mais tal cidade.
“E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada, nem nela morará alguém de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais; e ali habitarão os avestruzes, e os sátiros pularão ali. E os animais selvagens das ilhas uivarão em suas casas vazias, como também os chacais nos seus palácios de prazer; pois bem perto já vem chegando o seu tempo, e os seus dias não se prolongarão” (Is 13:19-22)
A Babilônia se destaca como: O berço da vaidade, onde o homem tem o desejo de atrair a atenção, elogios e homenagens. O berço da ostentação, onde o luxo, vanglória e pompa são destaques. O berço da impiedade, onde impera a crueldade e descrença. O berço da idolatria, onde “deuses” são adorados, idolatrados e servidos. O berço da distorção sexual, onde o sexo é parte do culto aos deuses a satisfação pessoal. O berço do orgulho, onde a soberba, auto-estima exagerada e altivez são alimentados. O berço da crueldade, onde idosos são maltratados e a maldade é cultivada O berço da feitiçaria, onde práticas ocultas, poções mágicas e drogas são desenvolvidas.
Na Babilônia a humanidade se organiza em patente rebelião contra Deus (Ap 17:5), desenvolvendo um sistema político (Ap 18), trazendo a unificação de poderes, desenvolvendo forças organizacionais e militares. Desenvolvendo um sistema econômico (Ap 18), criando a unificação de moedas, para a distribuição de renda e unificação econômica. Desenvolvendo um sistema religioso, através da idolatria (Ap 17) e ecumenismo.
Na Babilônia, nós encontramos traços característicos de nossa sociedade “moderna”. Na sociedade “moderna” encontramos traços característicos mais avançados de uma Babilônia que continua viva e atuante.
Diferentemente da população babilônica, nós estamos questionando:
A que Deus nós servimos? Ao deus dos prazeres, interesses, orgulho?
A que Deus nós servimos? Ao deus da crueldade, insensatez e materialismo?
Creio que, diferentemente da Babilônia, servimos ao Deus Vivo. Ao Deus que fez Nabucodonosor andar como animal por causa de seu orgulho e arrogância até que reconhecesse que existe o Deus. Belsazar entender que o reino foi medido, pesado e achado em falta. Hananias, Misael e Azarias enfrentarem uma fornalha em nome do SENHOR.
Oro a Deus, para que essas características da Babilônia, que estão sem dúvida, tão presentes e vivas na nossa sociedade, não estejam em nossas vidas nos contaminando como um vírus letal. Que a IGREJA esteja pronta a seguir Jesus, assim como os heróis da fé o fizeram no passado.
que cocô
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