Autor: Robson T. Fernandes
No ano de 1948 o desenhista M. C. Escher produziu a obra Desenhando Mãos, Drawing Hands, ao lado. Um questionamento bastante inquietador me veio à mente ao observar tal obra: ”Uma mão está desenhando a outra, uma auxilia a outra, uma colabora com a outra na sua formação. Mas, como elas surgiram, se no princípio não existiam? Hoje estão aí, mas como chegaram a existir?”
Foi nesse momento que me veio a idéia, lógica, de que uma outra mão teria que ter dado início ao processo. O mais intrigante é que essa mão “iniciadora” não aparece, de forma visível, na gravura. Ela está oculta, apesar de sua existência ser bastante clara e inegável. Entretanto, ao observar o quadro, na forma como ele se apresenta, tendemos a cometer o erro de achar que as mãos se desenharam a partir do nada. Na verdade desprezamos até a própria existência do papel que ali já estava, mesmo antes das mãos existirem, porque é nele que as mãos são desenhadas.
A sociedade atual tem cometido o mesmo erro, ao afirmar que o homem surgiu por um acaso, desprezando assim as evidências encontradas na natureza e na própria ciência. O fato é que: Se um determinado viajante ao encontrar-se solitário no meio do deserto viesse a encontrar um relógio em perfeito estado, deduziria que alguém passou por ali, que alguém construiu aquele relógio, e que, naturalmente, esse alguém teria que ser muito inteligente para construir um relógio tão bonito, bem feito e que funcionasse tão perfeitamente.
Essa, é claro, seria a dedução de alguém que possuísse o mínimo de inteligência e que estivesse de posse de suas perfeitas faculdades mentais. Entretanto algumas “cabeças pensantes” da sociedade, face a tão numerosas evidências, têm afirmado justamente o contrário.
É adequado, aqui, mencionarmos algumas afirmações – evidentes – que diversos ramos científicos fazem, no que diz respeito a suas pesquisas, como por exemplo:
Arqueologia: sempre que são encontrados restos cerâmicos afirma-se que uma civilização viveu ali;Paleontologia: sempre que se encontram fósseis afirma-se que animais, vegetais ou homens – dependendo do caso – estiveram ali;Antropologia: sempre que restos humanos são encontrados com indícios de haver ocorrido um sepultamento, afirma-se que as pessoas de tais sociedades possuíam sentimentos afetivos.
Enfim, os mais variados ramos científicos realizam suas conclusões, ou pelo menos assim deveria ser, em fatos observáveis e comprováveis.
A questão aqui levantada é que, no caso da Ciência, ou mesmo da obra “Desenhando Mãos”, ou ainda do Viajante no Deserto as conclusões obtidas foram lógicas e comprovadas, entretanto, o homem moderno insiste na sua afirmação de que surgimos por acaso.
Tal afirmação tem conduzido o homem à beira do abismo, e a defesa de tal incoerência tem feito com que cada um de seus defensores seja empurrado para o abismo no qual se localiza.
A glória de Deus é proclamada até na ponta de nossos dedos, pois se retirarmos 1 polegada quadrada (1”2), simplesmente de pele, que cobre o nosso polegar iremos encontrar:
30 pelos;2m de vasos sanguíneos;600 sensores de dor;122m de nervos;36 sensores de calor;75 sensores de pressão;9.000 terminais nervosos.
Se você observou o quadro Desenhando Mãos e chegou a conclusão que elas não surgiram por acaso, ou concordou com o Viajante no Deserto, terá que concluir que pelo menos o nosso dedo não surgiu por acaso. Que dirá agora do restante do corpo?
Observe o meio em que vivemos! Ele é muito mais complexo do que uma simples camada de pele do nosso dedo.
Agora, se ainda assim você acha que surgimos por acaso, está correndo o risco de acreditar no quadro desenhado por Hajime Sorayama em 1996, intitulado: Rei Arthur e o Astronauta.
O Rei Arthur ficaria “orgulhoso” de saber que você está afirmando que sua armadura evoluiu até chegar no estágio de roupa para astronauta.
“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a Sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis, porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato”.
Romanos 1: 20,21