sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O caos do sistema de saúde público espiritual

Autor: Robson T. Fernandes
“E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”(Mc 2:17)
Popularmente associamos a igreja com um hospital. Alguém, certa vez, disse que “A igreja é um hospital equipado. Nesse "hospital" há nascimentos, há cuidados, há alimento adequado, há higiene e saúde”. Pelo menos é o que deveria haver.
Jesus disse:“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11:28). O convite de Jesus é para aliviar a carga que muitos têm carregado, porém, Ele nunca disse: venha a mim e continue o resto da vida como veio. Ele nunca disse isso. A proposta de Cristo é para mudar vidas, se não há mudanças então existe algo de errado.
Vivemos dias em que muitas igrejas deixaram de funcionar como hospitais e passam a funcionar como clubes, nos quais se realizam desfiles de moda, confraternizações, shows, apresentações e entretenimentos em geral. Têm de tudo, menos uma palavra bíblica, uma atitude bíblica e uma vida bíblica.
Em um determinado artigo li que “A igreja é um hospital para pecadores e não um museu de santos”. Muitas vezes esse museu é de cera, onde existem apenas as aparências de santos.
A sociedade ama igrejas que prometem prosperidade financeira, pois para eles o reino de Deus tem que ser consumado aqui, nessa vida. Amam mensagem de auto estima, mas rejeitam as mensagens que estimam o alto. Se deleitam com trabalhos carregados de psicologia humanista, mas desprezam a bibliologia Divina.
Vivemos em tempos nos quais o pecado é aceito com naturalidade e benevolência, mas a seriedade, santidade e sanidade bíblica com parcimônia dentro dos clubes, isto é, igrejas. Tempos nos quais a prostituição é aceita e muitas vezes incentivada com as atitudes “carinhosas” dos diretores de tais clubes. Tempos nos quais a hipocrisia é praticada e até ensinada, e que só haverá espaço para obreiros que comunguem dessa mesma atitude e prática. Tempos nos quais a verdade não pode ser falada, pois será confundida com rispidez e ignorância. Tempos nos quais as ovelhas são tratadas como objetos descartáveis e simples fonte de lucro e favorecimento pessoal. Tempos difíceis esses.
A igreja que deveria ser um hospital tem sido transformada em clube, que é local de diversão. Deus que é o médico tem sido transformado em um comprimido, que só é lembrado na hora da dor. A Bíblia que deveria ser o bisturi tem sido transformada em enfeite de estante.
Os clubes que têm sido freqüentados apenas nos finais de semana, o Deus que tem sido lembrado apenas no momento da dor e a Bíblia que tem sido esquecida são as principais características de uma igreja séria e comprometida com Deus, e as suas ausências são a marca preponderante das igrejas que têm sido levadas pelo afastamento do seu propósito e motivo de existir.
A Igreja é um hospital, ou pelo menos deveria ser. Em um hospital as pessoas buscam um médico que as cure, remédios que lhes ajudem, a solução para os seus problemas. A igreja é um lugar de tratamento, e para tal deve haver treinamento e trabalhadores qualificados.
Vivemos em tempos nos quais muitos hospitais estão doentes. Despediram o médico, não possuem remédio e os enfermeiros não têm qualificação adequada, mas apenas o desejo de receber seus salários no final de cada mês. Em outros casos, apenas o desejo de se vestirem de branco para chamarem a atenção com uma falsa aparência de limpeza, uma falsa santidade.
Que Deus nos ajude, dando saúde real às igrejas, enviando enfermeiros comprometidos que auxiliem de verdade os médicos e que saibam usar corretamente o bisturi e o remédio.
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