segunda-feira, 7 de março de 2016

O PECADO PERDOADO, O CORAÇÃO SARADO E A TERRA RESTAURADA


Durante toda a história do povo de Deus uma das coisas mais repetidas pelo Senhor é o cuidado que devemos ter com o nosso próprio coração. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4:23).  Esse cuidado diz respeito àquilo que há de mais importante em nossas vidas, pois assim não apenas as nossas ações serão coretas, mas também as nossas intenções. Em 2Crônicas 7:14,15 encontramos o clássico texto que nos fala exatamente sobre essa importância e sobre as consequências de se levar isso a sério, dando o devido valor e importância a essa advertência de Deus.

“se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar (2 Cr 7:14,15).
O próprio Deus nos diz, em primeiro lugar, sobre a importância de humilharmos a nós mesmos, ou seja, negar a nossa própria natureza caída e suja pelo pecado. Isto é, devemos buscar aquilo que agrada a Deus a todo custo, negando nossas vontades humanas e mundanas e abrindo mão daquilo que não satisfaz ao Senhor. Isso por si só já é um enorme exercício de auto-humilhação. Em seguida, Deus destaca a oração. A oração só será eficaz e agradável a Deus se orarmos segundo a vontade do Pai e não segundo  a nossa própria. Por isso que antes de falar sobre oração, Deus falou sobre a humilhação. A verdadeira oração é aquela que derrama nosso coração diante do altar do Senhor, fazendo com que diminuamos cada vez mais para que Ele cresça em nós. Como consequência disso teremos a verdadeira busca pelo Senhor. Não devemos buscar ao Senhor pelo que Ele pode nos dar, mas por quem Ele é. Devemos buscar ao Senhor simplesmente porque Ele merece isso, simplesmente porque devemos desejar ardentemente parecer com Ele cada vez mais. Sem Ele a nossa vida não terá sentido. Isso nos conduzirá, inevitavelmente, ao quarto passo: “se desviar dos seus maus caminhos”. O caminho mal é o caminho do homem, da vontade própria, da busca pelo contentamento no mundo. Portanto, a nossa satisfação deve estar em Deus. Não podemos querer menos que o próprio Deus. Nada nessa vida poderá nos satisfazer, a não ser o próprio Deus. Com isso, deixaremos os nossos próprios caminhos e desejos egoístas, que são maus.

Diante dessas quatro ações nos depararemos com as três reações de Deus: 1. Ele ouvirá nossas orações; 2. Ele perdoará os nossos pecados; 3. Ele sarará a nossa terra (mudará circunstâncias). Porém, não podemos cometer o erro de pensar que a ação de Deus depende da ação humana. Isso seria um erro, pois colocaria a pessoa de Deus refém do ser humano e sujeito a agir apenas mediante a vontade do homem. Devemos lembrar que “Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13). Então, o resumo de tudo isso está no fato de que devemos agradecer a Deus até pelas coisas boas que fazemos, pois elas já são o resultado da ação do próprio Deus em nós. Por fim, ore a Deus agora, pedindo que Ele lhe ajude a se humilhar, orar, buscar Sua face e abandonar suas ações erradas para que possa experimentar a ação bondosa de Deus em sua vida. Saiba que os olhos de Deus estarão abertos para você e que os ouvidos do bondoso Pai estarão abertos para sua oração.